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56 Fevereiro 2022 | AutoData AUTODATA 30 ANOS » MEMÓRIA 36 Fevereiro 2012 A corrida das marcas Fatia ocupada por Fiat, VW, GM e Ford cai para 70% em 2011. Honda perde duas colocações, Hyundai e Toyota sobem uma e Citroën ultrapassa co-irmã Peugeot. Texto Alzira Rodrigues . alzira@autodata.com.br O domínio ainda é expressivo. Afinal, como dizem executivos do setor, em nenhum outro lugar do mundo há uma concentração tão grande do mercado em tão poucas mãos como no Brasil. Mas devagar as quatro grandes fabricantes de veí- culos vão perdendo espaço para as marcas novas. Encerraram 2011 com 70,1% das vendas internas, contra os 73,5% de 2010 e os 77,2% de 2009. A perda de 7,1 pontos porcentuais em dois anos é praticamente o dobro da registrada no período anterior, 2007-2009, quando Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford haviam reduzido participa- ção em apenas 3,5 pontos. Um indicativo de que o processo de consolidação das fabricantes que se instalaram aqui depois dos anos 90 começou a acelerar-se neste início de década. Todas as veteranas viram suas fatias de merca- do encolherem, porém não na mesma proporção. A vice-líder Volkswagen ficou mais próxima da líder Fiat, enquanto a Ford, quarta colocada, viu diminuir sua vantagem em relação a Renault, que consolidou-se na quinta posição. Na parte inferior do ranking houve uma efetiva dança das cadeiras. A Hyundai galgou um degrau e acabou em sexto lugar. A Honda perdeu duas posições e foi para a oitava, enquanto a Toyota subiu para a sétima. A Citroën ultrapassou sua co-irmã Peugeot e passou a ser a nona do ranking. Já esperada pelo setor, a ascensão das novas marcas em detrimento das mais antigas tende a ganhar força nos próximos anos diante dos in- vestimentos anunciados pelas newcomers em aumento de capacidade e produtos. Só para citar alguns, a nova fábrica da Toyota, em Sorocaba, SP, já neste ano, e instalações próprias da Nissan em Resende, RJ, a partir de 2014. Nos dois casos para produzir modelos para o segmento de entrada. Não que as veteranas estejam paradas. Tam- bém elas têm planos ousados para o País. Mas no caso das newcomers o aumento de capacidade vem com a ampliação da gama de produtos e, con- sequentemente, da estreia em faixas de mercado nas quais antes não atuavam. Ação que favorece ganhos de participação. No caso das quatro gran- des, a expectativa é de que o aumento do mercado nos próximos anos garanta ampliação de volume, mesmo com penetração menor. O movimento de perda de participação das lí- Mercado AD 270 - Investimentos.indd 36 07/02/2012 15:09:14
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