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12 FROM THE TOP » GASTÓN DIAZ PEREZ, BOSCH Março 2022 | AutoData Entrevista a Leandro Alves, Márcio Stéfani e Marcos Rozen Toda força à América Latina D esde o início deste ano a Robert Bosch Améri- ca Latina tem um novo presidente: é o argentino Gastón Diaz Perez, de 45 anos. Ele sucedeu a Besaliel Botelho, executivo que ficou os últimos dez, de seus 36 anos de Bosch, neste cargo e que, agora, passou a membro do Conselho Consul- tivo regional da empresa. Os dois têm algo em comum além do cargo: ambos são latino- -americanos e fizeram carreira dentro da própria Bosch, com passagens por outras unidades da empresa na Europa, como na matriz alemã. Em sua primeira entrevista para um órgão de imprensa es- pecializado no setor automotivo como novo presidente, Perez abordou diversos temas como carreira, eletrificação, mercado, semicondutores e muito mais. Confira a seguir os principais trechos da conversa. O senhor pode nos contar um pouco da sua história? Eu sou argentino, nasci emBuenos Aires, me formei em administração de em - presas e em contabilidade. Comecei na Bosch Argentina em 2000, em um pro- grama de jovens profissionais. Estou na empresa, portanto, há 21 anos. A maior parte de minha carreira foi no Brasil, mas tenho passagens, claro, além da Argen- tina, por Espanha e Alemanha. Por aqui trabalhei em Curitiba e em Campinas, como CFO. Voltei depois para a Argen- tina como responsável pelos negócios no Cone Sul e retornei novamente ao Brasil como vice-presidente. É uma carreira forte dentro da empresa, situação muito parecida com a de seu antecessor, Besaliel Botelho. A maior diferença é que ele é engenheiro e o se- nhor é administrador. Isso fará comque seu estilo na liderança seja diferente? Creio que não, pois chega ummomento emque as competências que se desen- volve ao longo da carreira são as mes- mas, deixa-se de ser um especialista. É preciso alcançar uma visão mais ampla, comercial, financeira, de integração, do negócio, da administração... então en - tendo que dará no mesmo. É uma tradição da Bosch alçar à presi- dência executivos que fazem pratica- mente a carreira inteira na empresa? Qual a sua visão sobre esta política? Realmente é comum na Bosch as pes- soas fazerem uma carreira longa. Até algum tempo atrás a diretoria era, em sua maioria, formada por profissionais desse perfil, mas de alguns anos para cá aconteceu uma mistura com pesso- as do mercado. Acho o panorama atual muito positivo, pois mistura-se o melhor das duas coisas. Há pessoas com uma altíssima identificação com a empresa
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