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14 FROM THE TOP » GASTÓN DIAZ PEREZ, BOSCH Março 2022 | AutoData elétricos, citou nominalmente a Bosch como futura parceira. O que o senhor pode nos contar a respeito? A Bosch fornece para todas as fábricas de automóveis de alta tecnologia, in- cluindo as novas tecnologias de eletri- ficação, sejam elas elétrica, híbrida ou de célula de combustível. Estaremos atuantes para participar, junto com nos- sos clientes, dos diferentes desenvolvi- mentos que ocorrerão tanto na América Latina como globalmente. Do seu ponto de vista, então, é possível e plausível que embreve o Brasil fabrique automóveis elétricos? Entendo que essa é uma tendência glo- bal, pois o mercado dos carros elétricos está crescendo cada vez mais. A Great Wall está começando com essa estraté - gia de se fixar aqui apenas comelétricos, e outras montadoras também já estão trazendo veículos deste tipo. À medida que isso se desenvolva no mercado é lógico que o Brasil será um dos produ- tores, tanto de elétricos quanto híbridos e outras variações. Temos que pensar, sempre, que o Brasil tem um diferencial muito interessante, que é o etanol. Há muitas coisas a serem definidas quando falamos de tecnologia. O País temmais possibilidades de escolher qual será a mais conveniente para o objetivo final da descarbonização. A tendência para os sistemas flex fuel é a de manter o atual patamar ou podem começar a perder espaço? Estamos crescendo nossa participa- “ O Brasil tem mais possibilidades de escolher qual será a tecnologia mais conveniente para o objetivo final da descarbonização.” “ Nesse mundo novo nós, latino- americanos, somos muito fortes. Temos uma habilidade adicional, a inovação está no nosso DNA.” e há aquelas com uma visão de fora, o que também é necessário para não limitar as possibilidades. Em 2019 o senhor assumiu a vice-presi- dência sênior do Grupo Bosch, além da presidência da Robert Bosch naArgenti- na, e tornou-se integrante do Conselho deAdministração. Ali já havia uma sina- lização de que o senhor seria o sucessor de Besaliel Botelho? Não, eu fiquei sabendo durante a pan - demia. Naturalmente que esta era uma possibilidade, mas também poderia ser escolhido alguém de fora, como da Ale- manha, por exemplo. O que representa aAmérica Latina den- tro do universo global Bosch hoje? A região émuito relevante dentro do Gru- po. É uma das que mais cresce e mais cresceu no último ano. A parte automo - tiva é ainda mais relevante, lembrando que a Bosch tem muitas unidades de negócios. Fora do automotivo somos os principais players de ferramentas elétri- cas na América Latina, e no aftermarket. Temos uma participação importante na área de tecnologia industrial e também em sistemas de segurança, como em aeroportos e bancos. ABosch temuma parceria comaMerce- des-Benz em Iracemápolis, na área da pista de testes. Coincidentemente ou não a Mercedes-Benz vendeu a fábrica de automóveis que havia lá para a Great Wall e essa, ao anunciar um investimento de R$ 10 bilhões para a produção, ali, de
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