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17 AutoData | Março 2022 formação do bloco, e independente deste. Temos conseguido de alguma forma um certo equilíbrio do Brasil com a Argentina, mantemos produção nos dois países, são complementares... Aconteceu, também, que os tempos econômicos do Brasil e da Argentina se diferenciaram muito ao longo dos anos, não têm ficado alinhados: quando está bem aqui está mal lá e vice-versa, e isso também dificultou uma integração maior. Ficamos presos nas conjunturas. Um planejamento de longo prazo nos dois países às vezes beira à ficção, e assim ficamos presos no curto prazo e nessa lógica geralmente cada um faz o que é melhor para si. Se tivéssemos avançado para uma moeda comum, políticas macroeconômicas e fiscais si - milares, creio que não só o mercado automotivo como muitos outros teriam avançado conjuntamente. Como o ambiente de negócios no Bra- sil poderia melhorar? O que vemos atualmente é basicamente uma luta pela sobrevivência... O Brasil, se olharmos macroeconomi- camente, tem uma situação invejável com relação a outros da região. Tem suas dificuldades e desafios, sim, mas institucionalmente é forte, as regras do jogo são razoavelmente claras. Na parte fiscal temos uma complexida - de enorme, requer-se muito esforço apenas para que as empresas possam cumprir suas obrigações. Aqui há, sim, um espaço para melhorar. O problema não é nem só a carga fiscal, mas sim a complexidade do sistema. É como se fosse um cinturão que nos tira agilidade e potencialidade. ABosch produz semicondutores naAle- manha. Em sua opinião quando passará a crise global envolvendo esse compo- nente ? A situação é complexa. Assim foi no ano passado e continua neste. Acreditamos que o segundo semestre será melhor
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