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18 FROM THE TOP » GASTÓN DIAZ PEREZ, BOSCH Março 2022 | AutoData do que o primeiro, mas ainda sem uma resolução completa. É um problema global, e que não afeta especificamen - te essa ou aquela empresa ou essa ou aquela região. E também não é só uma questão da indústria automotiva sozinha, pois já começa a afetar também outros setores, como o de eletrodomésticos, por exemplo, e inclusive o de eletrôni- cos. A pandemia mudou os níveis de demanda de umdia para outro, de forma drástica, e a reacomodação da cadeia de suprimentos não é rápida. Alémdisso um investimento novo para uma fábrica de semicondutores não se torna reali- dade em menos de dois anos. Omomento atual da economia brasilei- ra o preocupa? Os números de vendas de veículos do primeiro bimestre foram muito pouco animadores... Temos que entender o contexto. O que aconteceu foi algo sem precedentes, não estava nos livros. Em termos relati- vos a baixa que ocorreu no Brasil não foi das piores. Na região houve países que caíram o dobro. A recuperação foi boa aqui. Então, em termos relativos, diria que passamos bem pela crise. Há os efeitos necessários de uma política mo- netária para atravessar períodos como esse. O Brasil tem muita informalidade, e assim o suporte do governo emvárias áreas foi fundamental. Temos um pico de inflação que não é surpreendente, é uma consequência. Quando ela vai a esse nível o Banco Central sobe a taxa de juros, é normal. Isso traz um resfriamento da economia como um todo. Porém é algo tem- porário, pois alguns índices estão voltando para o que eram antes. Vejo este ano como de desaceleração, mas dentro de um pro- cesso normal, não de uma crise. Somos mo- deradamente otimistas com relação ao período à frente. “ Vejo este ano como de desaceleração, mas dentro de um processo normal, não de uma crise. Somos moderadamente otimistas.”

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