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25 AutoData | Março 2022 de dois dígitos durante todo o período. Para isso, segundo Tavares, a empresa dará preferência a negócios que tendam a ser mais rentáveis do que a simples fabri- cação e venda de veículos, como serviços de mobilidade e softwares. Um caminha ao lado do outro: os inves- timentos em software permitirão o avanço na mobilidade, especialmente em negó- cios em que a Stellantis enxerga grande potencial de crescimento – como sua di- visão de compartilhamento de veículos Free 2 Move, hoje restrita a poucos locais e com receita na casa dos € 40 milhões, mas com planos de atingir € 2,8 bilhões em receitas e mais de 15 milhões de usu- ários ao fim do Dare Forward. De toda forma a produção e a fabri- cação de veículos seguirão sendo as ati- vidades principais da Stellantis, mesmo após sua transformação de montadora em empresa de tecnologia. Pois foram eles, os veículos, as grandes estrelas do plano de negócios, que adiantou algumas novidades – todas elétricas. Para a Jeep uma nova família de SUVs elétricos debutará no início do ano que vem, seguida pela versão elétrica da pi- cape RAM 1500 no ano seguinte. Os con- sumidores estadunidenses receberão 25 novidades das marcas RAM, Jeep, Dod- ge e Chrysler até 2030, cada qual com sua essência – Jeep em SUVs, picapes na RAM, muscle car na Dodge e veículos mais familiares na Chrysler. Os veículos comerciais elétricos são outro ponto de foco de atenção da com- panhia, que enxerga, no segmento, a porta de entrada dos autônomos. A meta da Stellantis é oferecer mais de 75 veículos elétricos em seu portfólio global até 2030, com 5 milhões de uni- dades vendidas por ano, somadas todas as marcas. As premium e as de luxo, tais como Alfa Romeo, DS, Lancia e Maserati, só terão opções elétricas, e a ideia é qua- druplicar o volume de vendas e quintupli- car a lucratividade. Tavares disse que a Stellantis alcança- rá a neutralidade em carbono em 2038, oito anos após a conclusão do plano Dare Forward. Mas, em 2030, sua meta é che- gar a 50% de redução das emissões. Uma divisão nova será criada para cuidar do pós-vida de veículos, como remanufatura de peças, reuso de componentes e reci- clagem – não somente das baterias, mas de todo o veículo. Da América do Sul e do Brasil Tavares falou pouco, para não dizer nada. A região integra o plano de alcançar 25% da receita global líquida de fora da Europa Ocidental e América do Norte, mas nenhum porme- nor mais aprofundado foi apresentado. FALA, FILOSA Amissão coube, alguns dias depois, a Antonio Filosa, COO para a região. Segun-

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