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26 Março 2022 | AutoData MONTADORAS » ESTRATÉGIA do ele consolidada a liderança da Fiat no mercado brasileiro e com os volumes da Jeep crescendo mês a mês, somados ao resultado financeiro positivo da Stellantis na América do Sul em 2021, as atenções estão, agora, centradas nas outras marcas que serão vetores de crescimento no Brasil e na região, caso de Citroën, Peugeot, RAM e o serviço de locação Flua!. No caso da RAM existe a possibilidade concreta de haver, no médio prazo, um produto com fabricação local. “Nosso CEO conhece a força e o po- tencial do agronegócio na região e está muito interessado nesses estudos, que envolvem a possibilidade de produção local. Temos condições de fazer com a RAM, aqui, o que fizemos com a Jeep.” Da Citroën o principal lançamento che- gará nos próximos meses, o Novo C3: “O C3 tempotencial para rapidamente saturar a fábrica de Porto Real. E será apenas o primeiro passo da Citroën, que tem um plano robusto de lançamentos”. Filosa diz que a Stellantis promoverá, até 2025, 51 lançamentos na América do Sul, somados novos modelos, reestiliza- ções e híbridos e elétricos. Deste total de- zesseis serão 100% novos, com produção local. A companhia mantém cinco fábricas de veículos por aqui: Betim, MG, Goiana, PE , e Porto Real, RJ, no Brasil, e Córdoba e El Palomar, na Argentina. Qualquer uma delas é candidata a receber os produtos. A Flua!, marca da Stellantis para com- partilhamento e locação de veículos, é outro ponto de atenção no médio prazo: “Não podemos entrar a 200 quilômetros por hora no negócio porque ainda preci- samos adquirir competência neste serviço. Nossos concorrentes, as locadoras, já a têm, mas nós ainda estamos dando os primeiros passos. Para correr precisamos primeiro aprender a andar”. Por enquanto o serviço oferece assi- naturas de veículos Fiat e Jeep. Segundo Filosa em breve outras marcas poderão integrar a oferta. HÍBRIDO FLEX O executivo ainda garantiu que o Brasil faz parte dos planos globais de eletrifica - ção da Stellantis, mas a solução local de- verá ser um pouco diferente: parte dos 1,5 mil engenheiros da companhia baseados no País já trabalham no desenvolvimento da tecnologia de veículo híbrido a etanol, que fará a ponte para os PHEV e BEV. A ideia é que ela chegue ao mercado antes de 2025, mas Filosa evitou cravar da- tas e revelar pormenores técnicos: “Ainda não temos o cronograma definido. O ideal seria que não fosse tão longo o prazo, que pudesse vir antes do previsto. Mas em 2025 poderemos começar a propor esta tecnologia ao mercado”. Para Filosa o Brasil precisará ter uma ponte antes da adoção dos puramente elétricos no mercado, pelo seu alto cus- to e pela falta de capacidade financeira da população para suportá-lo. O etanol, segundo ele, é uma solução competitiva e que não interfere nas legislações de redução de emissões locais e nas metas globais, pois, na chamada medição do poço à roda, é tão eficiente quanto o pu - ramente elétrico. “Por aqui a eletrificação chegará de cinco a seis anos após os europeus e asi- áticos. Na Ásia já é realidade, a Europa é o próximo passo e depois a América do Norte. A América do Sul, Oriente Médio e o Sudeste Asiático receberão depois.” Entretanto, ponderou, o híbrido a eta-

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