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28 Março 2022 | AutoData MONTADORAS » ESTRATÉGIA U ma companhia commenos marcas, menor complexidade e maior foco. Assim Scott Wine, CEO, define os novos rumos da CNH Industrial, par- cela que ficou com os negócios off-road da empresa homônima após a conclusão do processo de separação da Iveco. “Foi bom para as duas companhias.” Mas não é porque se dividiram que fi - carampequenas: a CNH Industrial continua uma gigante de faturamento de US$ 19,5 bilhões, número de 2021. 76% das receitas vêm da agricultura, 16% da construção e 8% do braço financeiro. Mais leve, faz planos ousados para os próximos anos: melhorar a rentabilidade da divisão agricultura de 12,3%, para de 14,5% e 15,5%, e da construção de 2,9% para 5,5% a 6,5%. O faturamento Case e New Holland deverá saltar para US$ 20 bilhões a 22 bilhões adicionando tecnologias de au - mento de produtividade, como a autôno- ma, e redução de emissões, via elétricos ou combustíveis alternativos. “A próxima geração de produtos entre - gará melhor experiência para o usuário, com redução de ruído e melhor tração”, explicou a vice-presidente da área, Selin Tur. “Controles e automação serão mais responsivos e intuitivos, comdados dispo- níveis o tempo todo em todos os lugares.” O CEO Wine garantiu que a América do Sul não tardará a receber essas ino - vações: não vê motivo para que haja um hiato grande do lançamento de modelos elétricos e autônomos na Europa e Amé - rica do Norte para a região. “Temos grandes clientes na América do Por André Barros, de Miami EM VOO SOLO Agora oficialmente separada da Iveco, CNH Industrial faz planos financeiros e de produtos para seu futuro Sul que desejamadotar novas tecnologias”. Um dos exemplos é o trator movido a biometano, lançado na Europa no ano passado e que já está em exposição em algumas feiras agrícolas brasileiras e em testes com alguns clientes. 16% da receita da CNH Industrial foi ge - rada naAmérica do Sul. A região só é supe - rada por Europa e América do Norte, com 37% cada. Mais de uma vezWine destacou a importância dos países sul-americanos nos negócios da companhia, ainda que diante de um contexto de instabilidade. O executivo lembrou da influência po - lítica no contexto econômico da região, mas destacou o papel do BNDES em ofe - recer financiamento que ajude o produtor, especialmente o pequeno, a ter acesso a máquinas e equipamentos. “O agrone - gócio caminha com as próprias pernas no Brasil e na Argentina. São dois mercados importantes dentro do negócio global.” Divulgação/CNH

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