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53 AutoData | Março 2022 Eventos extremos recentes estãomostrando para o campo que asmudanças nomeio ambiente podem também alterar a participação do agronegócio no PIB. Como o senhor e sua empresa veemessa situa- ção e quais seriamos impactos emsuas atividades? As mudanças climáticas são um dos desafios mais urgentes domomento, causando impactos sobre os meios de produção e sobre nossa cadeia global de alimentos. Não há dúvidas de que o setor agrícola sofre uma pressão considerável, devido ao clima e à escassez de recursos, ao mesmo tempo em que precisa alimentar uma população mundial de 10 bilhões de pessoas em 2025. A AGCO trabalha para ajudar os agricultores a mitigar os impactos do clima nas lavouras, assegurando a produtividade de forma sustentável. Alcançar mais com menos exige uma mudança para um manejo racional e inteligente de recursos, o que é possível com a adoção de tecnologias, que ajudam a otimizar o uso de insumos, acompanhar dados climáticos e melhorar as operações de campo em tempo real. É necessário umaumento da capacidade produtiva no Brasil e/ouAmérica do Sul? Quando esse ponto de inflexão pode chegar? Os agricultores brasileiros são dos que têm mais interesse em tecnologia, inclusive comparado a ou- tros países domundo, principalmente com relação a desempenho e custo-benefício dos equipamentos. Essa característica é ainda mais marcante com a entrada das novas gerações no campo, que bus- cam renovar o maquinário com o que há de mais tecnológico para obter maior rentabilidade, redução de consumo de combustível e menor tempo para execução das atividades agrícolas. No momento não vemos necessidade do aumento da capacidade produtiva para atender o crescimento da deman- da por máquinas: nossas fábricas são modernas e podem suprir os pedidos dos clientes. Rodrigo Junqueira, gerente geral da AGCO Vilmar Fistarol, presidente da CNH Industrial AL Divulgação/AGCO Divulgação/CNH Industrial Eventos extremos recentes estãomostrando para o campo que asmudanças nomeio ambiente podem também alterar a participação do agronegócio no PIB. Como o senhor e sua empresa veemessa situa- ção e quais seriamos impactos emsuas atividades? Sem dúvida os eventos extremos causam impacto sobre o agronegócio. Apesar deles a previsão ain- da é de safra recorde, segundo a Conab, de 268,2 milhões de toneladas, o que tende a manter o PIB positivo. Mas esses eventos pressionam o produtor, que precisará trabalhar duro para compensar as perdas. Ele precisa ainda de estabilidade e dispo- nibilidade dos financiamentos, evitando espasmos derivados da falta de recursos do Plano Safra. Isso é importante também para a indústria, que consegue manter certa estabilidade nos volumes de produção. De toda forma continuaremos ao lado do produtor para atender às suas necessidades, contribuindo com soluções e tecnologias para otimizar a opera- ção e aumentar a sua produtividade, melhorando os resultados do plantio à colheita. É necessário umaumento da capacidade produtiva no Brasil e/ouAmérica do Sul? Quando esse ponto de inflexão pode chegar? Os setores de agricultura e de construção de fato se fortaleceram ainda mais na pandemia, o que foi refletido nas vendas. Mas o cenário hoje conti - nua a sofrer impactos de fatores que influenciam a capacidade produtiva. Nossas fábricas operam dentro do limite possível, uma vez que toda a ca- deia produtiva ainda sofre com a falta de insumos. Não adianta aumentar a produção se a cadeia não puder acompanhar. Continuamos trabalhando forte para atender a todos os pedidos, entregando o mais rápido possível. Embora essa questão de compo- nentes deva continuar por mais algum tempo a tendência é que ela se normalize, mesmo que de maneira mais lenta do que gostaríamos.
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