386-2022-03

59 AutoData | Março 2022 13 Março 2013 O senhor acaba de lançar Marcopolo, Sua Viagem Começa Aqui, livro que conta a trajetória de mais de 60 anos da empresa. Que lições a publicação pode oferecer ao empresariado? O que imaginamos antes de qualquer coisa foi pensar nas pessoas. Na verdade acho que não estou apto para dar conselho, nem fazer declarações de como fazer ou o que fazer. O que motivou o livro foi a necessidade de registrar um reconhecimento às pessoas que ajudaram a construir a empresa, mesmo porque quando começamos também não conhecíamos nada do negócio, as coisas foram acontecendo. O objetivo do livro era contar a história humana da Marcopolo. Não interessava a produção, o lucro: o importante é dizer como funciona a parte humana. Issos significa, então, que várias dessas pessoas que ajudaram a construir a Marcopolo foram entrevistadas para esse livro? Não se trata de um depoimento só seu, então. Além das histórias que conheço e conto há depoimentos de 93 pessoas, inclusive do senhor Ratan Tata, CEO do grupo indiano Tata, que mandou uma mensagem muito bonita. O que o senhor destacaria de mais importante em toda a trajetória da Marcopolo? Considero que tenha sido o fim de 1986, quando começamos a dar uma virada muito forte na nossa administração. Fiz uma viagem ao Japão com o nosso então diretor industrial, o Gomes [Valter Gomes Pinto, diretor estatutário], e o que vimos era Um dos fundadores e presidente emérito da Marcopolo acaba de lançar livro no qual conta a bem-sucedida trajetória da hoje maior fabricante de carrocerias de ônibus do mundo. Presente nos cinco continentes a empresa de Caxias do Sul, RS, aproveitou, no passado, período de incentivo às exportações para crescer e se consolidar nos quatro cantos do globo: “Nós nos acostumamos a lidar com o pessoal externo”, reforça Paulo Bellini. “Hoje estamos em posição muito confortável porque somos uma marca mundialmente conhecida”. Mas, como conta Bellini, não foi nada fácil chegar ao atual estágio da empresa. Ele recorda, por exemplo, a empreitada da fabricante na hora da necessidade de aumentar a qualidade e a produtividade da fábrica com a aplicação de novos processos produtivos trazidos do Japão. Uma experiência que, segundo o presidente emérito, seria inviável sem a prática de envolver e motivar as pessoas. AD 283 - From the Top.indd 13 04/03/2013 17:04:05

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=