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25 AutoData | Maio 2022 zação o discurso do governo está bem convergente com o da indústria. Gandini disse que não há solução única e citou a bioenergia como alternativa, dentro de um contexto que engloba etanol, célula de hidrogênio, biogás e outras fontes. CURTO PRAZO “A grande questão para este ano é o desafio logístico”, afirmou Gustavo Boni - ni, vice-presidente da Anfavea especiali- zado na área de caminhões e ônibus: “E logística é algo desafiador todos os dias, mesmo quando não vemos a crise nos jornais. Quando chega a notícia de que faltam componentes e que as empresas precisam se organizar com paralisações, ou estendendo férias, mexendo no seu mix de montagem, é porque a logística já vem há algum tempo sob pressão”. As projeções da Anfavea seguem inal- teradas, com aumento em torno de 10% com relação aos licenciamentos realizados em 2021, o que indica vendas de 135,1 mil caminhões e de 15,5 mil chassis ônibus, totalizando 150,6 mil unidades – no ano passado foram 136,8 mil. O discurso dos executivos das fabri- cantes é parecido, embora o resultado do primeiro trimestre esteja aquém do cres- cimento projetado: 3% de alta nas vendas de caminhões, para 26,9 mil unidades. Alcides Cavalcanti, diretor comercial da Volvo Caminhões, reconhece que “o mercado andou de lado no primeiro tri- mestre, mas alguns setores como agro- negócio, construção civil e mineração seguem aquecidos”. Ele projeta que se a indústria conseguir superar as limitações de produção, causadas pela falta de com- ponentes, “ainda poderemos aumentar o desempenho nos próximos meses e alcançar as previsões”. SílvioMunhoz, diretor comercial da Sca- nia Brasil lamentou: “Passamos no fim do ano passado por uma fasemuito difícil, em que não sabíamos nemquantos semicon- dutores teríamos para produzir nemquando receberíamos. Agora temos essa previsão, mas já sabemos que ainda será insuficiente para atender todos os pedidos”. ao Ministério da Economia, disse estar en- caminhado um decreto presidencial para que a Sepec pudesse publicar sua portaria. De toda forma corrememparalelo os acor- dos com estados para adoção do progra- ma, que no caso dos caminhões será na esfera estadual e nos ônibus na municipal, e há agentes financeiros interessados em entrar comos financiamentos fundamentais à execução do programa. Da parte regulatória, na descarboni-
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