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31 AutoData | Maio 2022 da operação local como condição para a chegada de novos projetos. A segunda etapa, ou parte dela, foi aprovada um ano depois, emmarço, mas sem falar emvalores nem prazos. Foi con- firmada a introdução da nova plataforma CMF-B no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, PR. Esta base dará origem a um novo SUV e a outros mode - los. Também ali, na fábrica de motores, será produzido um novo motor turboflex 1.0, para equipar alguns modelos do por- tfólio Renault. E mais não disseram. RENOVAÇÃO DO PORTFÓLIO O aporte de R$ 1,1 bilhão serviu para renovar boa parte do portfólio atual de produtos Renault no Brasil. Começou com a introdução do motor turboflex 1.3 em versões topo de gama do Captur, depois a mesma opção foi estendida ao Duster e, agora, à renovada Oroch. A produção da picape foi transferida da linha de automóveis para a fábrica de veículos comerciais de São José dos Pinhais, junto com o utilitário Master, tam- bém reestilizado e equipado com novo motor diesel Euro 6 para atender nova etapa da legislação brasileira de emissões Proconve L7. No começo de 2022 o subcompacto Kwid ganhou novo design dianteiro, re- cebeu mais equipamentos e ficou mais caro – em linha com a estratégia global da Renault de atuar em faixas de mercado de maior rentabilidade. Logo depois chegou a prometida versão elétrica do Kwid, esta importa- da da China. Como carro elétrico mais barato à venda no Brasil o modelo vai conviver com o também elétrico Zoe, que foi renovado na Europa e começou a ser importado da França para cá no ano passado. Nada foi feito com Logan, Sandero e Stepway, o que indica que o ciclo destes compactos, importantes para a forma- ção da imagem da Renault no mercado brasileiro nos últimos quinze anos, está chegando ao fim. O que vai em direção às diretrizes do plano Renaulution, que tem como objetivo abocanhar margens mais generosas em segmentos mais altos do mercado. Do pouco que falou sobre o futuro da companhia no País a virada de chave foi um dos pontos destacados por Gondo: todos os novos modelos serão baseados na linha Renault, não mais na da romena Dacia. A Renault não introduz uma plataforma nova no Complexo Ayrton Senna desde 2007, quando vieram os modelos Dacia de baixo custo, começando pelo sedã Logan. A nova plataforma CMF-B, que será introduzida na fábrica do Paraná, é uma das mais modernas da Aliança Renault Nissan Mitsubishi no mundo e promete trazer ao Brasil modelos com mais tecnologia e qualidade. No passado, antes da pandemia, che- gou-se a cogitar que modelos Renault e Nissan pudessem ser produzidos nas fábricas brasileiras das duas marcas, o que foi desconversado pelo CEO Luca de Meo quando visitou o Brasil, no fim do ano passado. Deu a entender que por vontade da Nissan. Sobre a plataforma CMF-B a Renault já produz no mundo modelos como Clio, Captur e o SUV Arkana, ainda inéditos aqui. Amesma base também é usada para produzir modelos Nissan, como Juke e Note. Gondo indicou: “A plataforma CMF- -B dá origem a diversos outros veículos. Estamos negociando para termos mais produtos [além do SUV]”. OROCH SOBE A RÉGUA Enquanto prepara os passos futuros a Renault pretende conquistar fatias do mercado que estão em crescimento no presente. Lamenta, porém, a falta de se- micondutores. O vice-presidente comer- cial Bruno Hohmann acredita que poderia vender volume maior de Oroch e apro- veitar o bom momento do segmento de picapes. No ano passado a Duster Oroch – ain- da ligada pelo nome ao SUV que origi - nou a picape – fechou com média de 1 mil unidades vendidas/mês, volume

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