388-2022-05

32 Maio 2022 | AutoData INDÚSTRIA » INVESTIMENTOS que deverá subir somente um pouco em 2022, com a chegada de sua sucessora, agora chamada somente de Oroch. Não por falta de clientes: segundo Hohmann o problema é mesmo a limitação na pro- dução, por falta de componentes. Ele calcula que a faixa de mercado onde a Oroch compete tem potencial para 70 mil unidades/ano. Ele projeta: “Não seria exagero calcular que a Oroch conseguiria 20% deste volume”. A Renault posicionou os preços de sua picape para concorrer com as versões intermediárias e topo de linha da Fiat Strada cabine dupla, e com as opções de entrada da Fiat Toro. Essas são suas principais concorrentes, ao menos enquanto não chega a Chevrolet Montana, prevista para 2023. A Oroch chegou às concessionárias Renault em três versões: a Pro e a Intense, com motor 1.6 SCe aspirado de 120 cv e câmbio manual, por R$ 105,8 mil e R$ 111,3 mil, respectivamente, e a topo de linha Outsider, equipada com o TCe 1.3 turboflex importado, por R$ 137,1 mil. As duas primeiras atacarão a Strada, a topo de linha enfrentará a Toro. O ELÉTRICO MAIS BARATO O preço é o grande chamariz do outro lançamento da Renault em abril, o Kwid E-Tech importado da China. Até julho o modelo pode ser encomendado por R$ 143 mil, abaixo dos R$ 165 mil de outro chinês, o JAC E-JS1, até então dono do título de elétrico mais barato disponível no mercado brasileiro. O elétrico também será oferecido por assinatura por meio do Renault On Demand, a partir de R$ 3 mil mensais, incluindo despesas com IPVA, seguro e manutenção, em planos de doze a 48 meses e com franquia de até 3 mil qui - lômetros por mês. Para Charles-Emmanuel Cortouius, chefe de marketing de produto e de - sempenho da Renault do Brasil, o Kwid E-Tech terá o mesmo papel de seu similar a combustão: “Assim como o Kwid con- quistou o posto de primeiro carro 0 KM do brasileiro, o Kwid E-Tech será o primeiro elétrico que muitos vão dirigir na vida”. A Renault vende o argumento de que o preço de aquisição do Kwid elétrico, o dobro do equivalente commotor a com- bustão, pode ser compensado com custo de propriedade muito menor, a começar com o gasto de combustível. Levando-se em conta a gasolina a R$ 7,30 por litro e a energia elétrica a R$ 0,66 por Kwh, o Kwid E-Tech gasta o equivalente a R$ 0,06 por quilômetro no uso urbano, enquanto o Kwid flex 1.0 consome R$ 0,48/km. Embora seja fabricado em outro con- tinente o Kwid elétrico que circulará nas ruas do País tem DNA brasileiro. A equi- pe de engenharia local desenvolveu adaptações para que o veículo apresente melhor desempe- nho por aqui. Uma das delas é a tecnologia de condu- ção com o botão Eco, que gera economia de até 9% no con- sumo da bateria e possui frenagem re- generativa, que re- cupera e armazena na própria bateria a energia cinética pro- duzida pela desace- leração ou frenagem do veículo.

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=