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43 AutoData | Maio 2022 ículos comerciais leves para atender às entregas desses produtos. Com a Transit furgão a Ford pretende aproveitar parte desse boom. Segundo Matias Guimil, gerente de estratégia e produto da Ford América do Sul, o segmento de vans e furgões no Brasil duplicou de tamanho de 2016 a 2021, ao saltar de 24 mil para 48 mil uni- dades. Para este ano são esperados 51 mil emplacamentos. As versões de carga da Transit são as mais demandadas no mundo, respondem por 63% das vendas, em proporção que deve ser ainda maior no mercado brasileiro. DIFERENCIAL DE CONECTIVIDADE Para concorrer com Mercedes-Benz Sprinter – também produzida em país do Mercosul, a Argentina – e Renault Master fabricada em São José dos Pinhais, PR, a aposta está nos mesmos apelos já ofe- recidos nas versões Minibus da Transit. A Ford espera diferenciar seu utilitário com oferta maior de conectividade, estendida a todas as opções da Transit, o que inclui recursos como monitoramento preventivo do veículo e relatórios com indicadores de produtividade para o negócio. Cíntia Pelegrina, gerente de serviço de atendimento, conta que como a Tran- sit é usada como ferramenta de trabalho pelo cliente a proposta da conectividade integrada ao veículos é reduzir os seus tempos de parada para reparos, com a possibilidade de monitorar problemas e programar amanutenção de acordo coma necessidade. Para acessar essa facilidade, que não tem custo adicional, basta baixar o aplicativo FordPass no smartphone. “O sistema emite alertas que antecipam ocorrências e, mensalmente, é enviado relatório com indicadores importantes para o negócio. Havendo a necessidade de re- paro oferecemos o serviço de assistência técnica por teleconferência, em que uma ligação é feita em conjunto com a central e uma concessionária mais próxima do cliente. As informações do veículo são Divulgação/Ford acessadas e na mesma hora é realizado o diagnóstico e orientado o que deverá ser feito.” Por meio do aplicativo também confe- re-se a quilometragem, o nível de com- bustível, a média mensal de consumo nos últimos seis meses, informações do con- sumo de Arla 32, as distâncias percorridas no mês e a localização remota do veículo. DESENVOLVIMENTO LOCAL Embora as Transit sejammontadas com grande quantidade de partes importadas na Nordex, a engenharia brasileira da Ford foi responsável por aplicar diversas adap- tações e recalibrações, que passarampelo centro de desenvolvimento de produto em Camaçari, BA, e foram validadas no campo de provas de Tatuí, SP. Assim como a Minibus, a Transit furgão está sendo lançada em duas versões: a menor, L2H3, com volume de 10,7 m3 no compartimento de carga e capacidade para carregar 1 mil 222 quilos, é vendida por R$ 239,9mil, e a mais longa, L3H3, tem 12,4 m3 e 1 mil 181 quilos de capacidade – pouco menos para se enquadrar no peso total legal máximo de 3,5 toneladas – e sai por R$ 245,9 mil. Daniel Santos, gerente de desenvolvi- mento do produto, destacou que também conta a favor da Transit “a maior potência do segmento”, commotor turbodiesel Eco- Blue 2.0 Euro 6 de 170 cv e torque máximo 39,7 kgfm, integrado com sistema Auto Start-Stop para economizar combustível. Segundo a Ford, o consumo médio é de 10 km/l. Por se tratar de veículos abaixo de 3,5 toneladas de peso bruto total a Transit é classificada como modelo comercial leve, pode ser dirigida por motoristas com carteira de habilitação B, e é enquadrada na legislação de controle de emissões de poluentes Proconve L7, em vigor desde janeiro, que requer a adoção de motor Euro 6 com pós-tratamento de gases de escape em catalisador com injeção de solução de ureia Arla 32.