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52 Maio 2022 | AutoData Em Goiás são montados os Tiggo 5X, 7 e 8, SUVs mais caros e de maior porte, que também têm proporção de peças importadas na casa dos 80%, mas com custos menores e rentabilidade muito maior. Isso porque, ao contrário de Jaca- reí, que não conta com incentivos fiscais, emAnápolis a fábrica goza de descontos tributários estaduais e federais – o prin- cipal é o abatimento de 32% no IPI dos veículos produzidos lá –, que foram reno - vados em 2020 e motivaram o anúncio de investimentos de R$ 1,5 bilhão na unidade até 2025 (veja reportagem nesta edição), que envolvem a produção de novos mo - delos na unidade, incluindo híbridos já a partir de 2023. A Caoa Chery diz pretender tornar Ja- careí parecida comAnápolis, comproces- sos produtivos flexíveis desenvolvidos pela Caoa, que permitemamanufatura devários modelos namesma linha. Para isso promete grande transformação, com remodelação completa e substituição de grande parte dos equipamentos, daí a previsão de reto - mar a operação somente em 2025. Em nota a Caoa Chery afirmou que “a suspensão das atividades tem como objetivo ajustar os processos produtivos para novos modelos com tecnologias híbridas e elétricas, visando à moderniza - ção e atualização das linhas de produção”. Disse, também, que pretende ter todos os modelos do seu portfólio eletrificados até o fim de 2023, o que será feito inicialmente somente em Anápolis. Não é a primeira vez que a Caoa Chery indica que pretende produzir carros elé- tricos em Jacareí. Em 2019 executivos da empresa já cogitavam a possibilidade, citando estudos indicando que seria uma transformação relativamente simples, de baixo custo e rápida. Bastaria fazer uma ramificação da linha de montagem, onde seria agregado o powertrain elétrico a modelos já montados em Jacareí, como era o caso do sedã médio Arrizo 5, que teve versões elétricas importadas para testes no Brasil. Pelo visto, tudo mudou – e pode mudar de novo, a depender das condições da economia brasileira nos próximos anos. INDÚSTRIA » RETRAÇÃO