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71 AutoData | Maio 2022 ca como os avanços mais significativos a chegada dos motores eletrônicos há cerca de vinte anos, que melhoraram o desem- penho dos veículos e reduziramo consumo de combustível. Ainda cita a preocupação com a segurança veicular, com a adoção de freios mais eficientes e incorporação do sistema antitravamento ABS, bem como a substituição das suspensões metálicas pelas pneumáticas, o que também trouxe avanços no conforto. Boa parte das novas tecnologias teve origem em demandas legais, como a lei das emissões, que impôs limites mais rí- gidos no controle de poluentes. Outras fo- rambancadas pela indústria, como oABS, depois transformado em normativa legal. Já as suspensões pneumáticas foram de- mandadas pelos clientes, lembra Saltini: “O avanço se deu por somatória de demandas, buscando essencialmente mais conforto, eficiência e economia, associado aomenor custo operacional”. O dirigente avalia que o atual nível tec- nológico dos chassis brasileiros já está, em alguns aspectos, no mesmo padrão de países desenvolvidos. Amotorização Euro 6, por exemplo, vigente na Europa desde 2018, será obrigatória também no Brasil a partir de 2023 para atender às normas da próxima fase da legislação brasileira de emissões em veículos pesados a diesel, estabelecidas no Proconve P8. Em termos de segurança veicular Saltini afirma que o nível já é quase igual. Pondera como particularidade doméstica a dificul - dade de aplicar algumas tecnologias em função da pavimentação rodoviária: “Por aqui são necessários chassismais robustos por causa da qualidade das estradas. Por isso o uso de algumas tecnologias torna-se praticamente inviável”. Na avaliação do vice-presidente daAn- favea, o mercado de ônibus assimila bem as novas tecnologias, mas com alguma resistência em razão da elevação do preço final, pois o ônibus é umbemde produção: “É umcomportamento natural não apenas no Brasil. Com o tempo o cliente percebe os benefícios da tecnologia e os efeitos positivos no resultado operacional”. DESCARBONIZAÇÃO A BATERIA OU GÁS Outro avanço significativo no mercado de ônibus tem sido a incorporação gra- dual de fontes alternativas de combustí- vel, como a eletrificação e o gás natural veicular. AMercedes-Benz foi a primeira a anunciar, em 2021, a produção nacional do chassi 100% elétrico eO500U. A empresa confirmou a venda das cemprimeiras uni - dades, que serão entregues a operadores de São Paulo a partir do fim deste ano até o começo de 2023. As carrocerias das primeira unidades do chassi elétrico forammontadas pela Caio, Divulgação/Marcopolo
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