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81 AutoData | Maio 2022 17 Abril 2013 Na posse o senhor expôs que pretende tornar viável capacidade instalada de 5,6 milhões de veículos, mercado interno de 5 milhões e exportações de 1 milhão. Esses números são razoáveis? Sem dúvida. Com o Inovar-Auto assumimos vários compromissos. O primeiro deles é a ampliação da capacidade produtiva e teremos 5,6 milhões em 2017 com os projetos que já conhecemos. Para sustentação dessa capacidade o desafio é ter 5 milhões de unidades vendidas internamente. Não é um número difícil de alcançar. Mais difícil é atingir 1 milhão de veículos exportados, porque tal meta não depende apenas do que conhecemos hoje como parâmetros de exportação. Em 2005 exportamos 900 mil veículos, para este ano a projeção é de 400 mil. Portanto, regredimos. Propusemos ao governo a adoção de política automotiva de exportação que nos permitimos batizar de Exportar-Auto, um conjunto de medidas que possibilite estancar essa queda e voltar a crescer. Esperamos que depois de 2017 possamos inclusive superar essa meta. Existirá contrapartida técnica ou tecnológica nesse pacote? Se não melhorarmos a qualidade dos produtos do ponto de vista da percepção do consumidor e com a inclusão de novas tecnologias será muito difícil vendermos mais veículos. Está aí mais um benefício do Inovar-Auto: incorporar não só peças nacionais e em maior quantidade, mas também investir em pesquisa, desenvolvimento e melhoria da eficiência energética. Já no discurso de posse, na noite de 21 de abril, Luiz Moan anunciava a formação de um novo conselho na Anfavea: o dos ex-presidentes. Nesta entrevista a AutoData diz que aprendeu na vida, com vários mestres que teve, uma grande lição: “Não despreze a experiência. Ao contrário: tire o máximo proveito”. Os planos para a sua gestão no triênio 2013-2016 são muitos. Dentre eles provar que as montadoras não geram lucros abusivos: “Eu diria que temos lucros muito inferiores do que as médias internacionais. Estamos elaborando um trabalho com sustentação econômica para comprovar isto”. Moan também revela que a Anfavea, junto com o Sindipeças, já debate com o governo um programa para a cadeia fornecedora, o Inovar-Peças, e também uma política automotiva pós-2017, quando acaba o Inovar-Auto. Outro projeto é o Exportar-Auto. Defende a redução da carga tributária, que só virá após 2018: “Precisamos escolher se tributamos o produto no momento de sua venda ou se com um pequeno aumento durante a sua vida útil a gente compensa e alavanca todo mercado”. AD 285 - From the Top.indd 17 29/04/2013 22:58:20
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