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84 Maio 2022 | AutoData AUTODATA 30 ANOS » MEMÓRIA 40 Maio 2013 Gestão Gostar do que faz. Desde dezembro na presidência da Delphi América do Sul, acumulando a vice-presidência das operações Powertrain e Ther- mal, Luiz Corrallo não nega ter sonhado com uma presidência quando iniciou sua vida profissional após ter cursado engenharia na FEI, em São Bernardo do Campo, SP. Questionado se está feliz não titubeia: “Eu era feliz e continuo feliz. É um desafio contínuo. O importante é a gente gostar do que faz”. Paulistano, 36 anos de carreira profissional, Cor- rallo passou pela GE, Black&Decker e Lucas Diesel, empresa adquirida pela Delphi em 2000. Na sua ava- liação o fato de os grandes sistemistas estarem hoje nas mãos de brasileiros é um retrato da maturidade que o setor atingiu dentro do segmento industrial e também das boas universidades existentes no País. “É um reconhecimento da competência do pro- fissional brasileiro, que conquistou a confiança lá fora não só do chefe, mas do acionista também.” Mas faz uma ressalva: “Hoje os brasileiros domi- nam, mas já tivemos grandes executivos de fora que se deram bem aqui. E os estrangeiros que tiveram sucesso foram os que viraram brasileiros”. Cita como exemplos os alemães Volker Barth, ex- Delphi, e Wolfgang Sauer, ex-Volkswagen do Brasil. Na segunda metade da década de 90 a Delphi tinha mais de quarenta americanos em seu corpo di- retivo. Hoje são dois. Em contrapartida a brasileira Lúcia Moretti está nos Estados Unidos no cargo de vice-presidente global da Delphi e de presidente glo- bal da Delphi Soluções em Produtos e Serviços: “A troca de experiência faz parte do jogo. Os brasileiros têm de ir para fora e temos de receber os de fora aqui”. Segundo Corrallo, os países da América do Sul sofrem grande influência dos governos em suas eco- nomias, o que não é tão acentuado nos países desen- volvidos. Isso exige profundo entendimento sobre o funcionamento de todo o sistema, legislações fiscal e trabalhista e por aí afora. O Inovar-Auto, diz o exe- cutivo, é um exemplo de interferência do governo na iniciativa privada, mas avalia que o programa não se resume a uma simples proteção do setor: “É um regime positivo e progressista, com objetivos claros em termos de inovação e redução de custo. Carrega uma certa proteção, mas com certeza levará a um avanço tecnológico”. Dentre as principais vantagens do Inovar-Auto está o incentivo ao diálogo, pondera: “Ele abre novo canal de negociação das montadoras com os for- necedores. Temos de oferecer tecnologia e eles têm de buscar a nacionalização. Isso abre oportunidade para novos fornecedores”. Para Corrallo o programa forçará a antecipação da adoção no Brasil de tecnologias existentes lá fora e a tendência, até 2017, é de que acabe a defasagem tecnológica de hoje. Sandro Beneduce, do Grupo Continental, tam- bém fala da importância do novo regime automotivo brasileiro: “O Inovar-Auto trouxe oportunidades in- teressantes nas áreas de powertrain e de segurança Luiz Corrallo, da Delphi Sandro Beneduce, do Grupo Continental Divulgação/Delphi Divulgação/Grupo Continental AD 285 - Gestão.indd 40 30/04/2013 00:25:11

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