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86 Maio 2022 | AutoData AUTODATA 30 ANOS » MEMÓRIA 43 Maio 2013 anos trabalhamos no desenvolvimento da compe- tência de profissionais brasileiros, muitos deles fo- ram para fora e retornaram. São hoje reconhecidos pela capacidade e criatividade, principalmente em períodos de crise”. O Brasil, segundo Alencar, serviu de região piloto para a política da corporação de ter profissionais lo- cais no comando de suas subsidiárias. É importante, na sua opinião, entender o mercado, a língua, os cos- tumes. Ajuda na interface tanto na área comercial quanto técnica. Na mesma linha dos outros executi- vos o presidente do Grupo Valeo diz que a expecta- tiva de todo o setor com o Inovar-Auto é a de haver maior aproximação dos elos da cadeia produtiva: “Estamos focados na inovação e na nacionalização. É um bom momento para o setor”. Engenheiro duplo. Gaúcho de Porto Ale- gre Ricardo Reimer veio criança para São Paulo e acabou virando corintiano. Pai e irmãos engenheiros, especializou-se duplamente na profissão: é formado na FEI nas áreas de mecânica e de produção. Iniciou na Rolamentos Schaeffler do Brasil em 1981 e dez anos depois mudou-se para a Alemanha com a famí- lia, onde trabalhou na matriz do grupo, em Herzoge- naurach. Em março de 2004 foi nomeado presidente do Grupo Schaeffler para a América do Sul, englo- bando as operações de INA, FAG e LuK. Reimer participou ativamente dos processos de integração das companhias, o que resultou no re- conhecimento do Brasil como a primeira unificação do grupo, como entidade legal, em todo o mundo. Dos atuais seis presidentes dos maiores grupos de autopeças, Reimer é o que está há mais tempo no cargo, indicativo claro da política das multinacionais de optarem por brasileiros para garantir continuida- de no comando de suas subsidiárias. Outro motivo, apontado pelo próprio Reimer, é o surgimentos dos asiáticos no mundo automotivo: “Os grandes grupos perceberam que não podem abraçar o mundo todo e estão usando a expertise local para garantir o bom desempenho das regiões nas quais atuam há mais tempo. É o que chamamos de cacoete administrativo”. Se aqui os expatriados são raridade brasileiros são cada vez mais requisitados pelas matrizes para atuarem fora: “As matrizes precisam de nossos pro- fissionais lá fora: temos vice-presidentes na China e na Alemanha”. Reimer destaca a versatilidade do brasileiro e a facilidade dele em se comunicar com as pessoas: “O brasileiro tem facilidade para se adaptar em culturas distintas, para entender outros povos”. Com relação às operações locais Reimer avalia que o fato de os dirigentes hoje serem brasileiros favorece o relacionamento com as montadoras prin- cipalmente na área comercial. Também ele acredita que o Inovar-Auto aproximará mais montadoras, sis- temistas e fabricantes de autopeças em geral. Manoel Alencar, da Valeo Ricardo Reimer, da Schaeffler Divulgação/Valeo Divulgação/Schaeffler AD 285 - Gestão.indd 43 30/04/2013 00:25:16
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