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» EDITORIAL AutoData | Junho 2022 Direção Geral Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Hairton Ponciano Voz, Soraia Abreu Pedrozo, Wilson Toume Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR e divulgação Capa Ari Paleta (foto) Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas e Luiz Martins Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, 4º andar, sala 434, bloco 5, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora @autodataeditora Por Pedro Kutney, editor Nada a comemorar N o mês que, desde 1972, abriga o Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, o Brasil não tem nada a comemorar. O País está se firmando como pária ambiental do planeta, com ações do Execu - tivo e Legislativo que autorizam e promovem a destruição por meio de legislação – ou o afrouxamento dela – combinada com o desmantela- mento de órgãos de fiscalização e controle como Ibama e ICMBio. Se bem equipados e financiados, os dois institutos talvez pudessem ter mudado essa percepção global e contido a devastação na Amazônia brasileira que, somente em abril, registrou mais um recorde macabro: 1 mil quilômetros quadrados de desmatamento, segundo medições dos satélites do INPE. O discurso “somos o País mais ambientalmente preservado do mundo” – uma mentira deslavada – esconde as intenções dos que trabalham firme em pautas antiambientais com grande potencial destru - tivo. São projetos de lei em tramitação no Congresso que inviabilizam a demarcação de terras indígenas ao mesmo tempo em que autorizam o garimpo nelas – como se já não bastasse a destruição por garimpeiros [ainda] ilegais de 2,4 mil hectares dessas áreas registrada só em 2021. O pacote de maldades é grande: no Senado “boiadinhas” legisla- tivas em tramitação querem permitir o uso de venenos agrotóxicos já banidos em outros países ou pretendem parcelar multas do Ibama e anistiar desmatadores, só para citar algumas iniciativas que podem virar leis ainda este ano. Enquanto tudo isso acontece, empresas do setor automotivo patro- cinam agendas de governança socioambiental, ESG, e desnecessárias bajulações a ministros deste governo empenhado com a destruição socioambiental do País. Faz sentido?

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