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100 Julho 2022 | AutoData AUTODATA 30 ANOS » MEMÓRIA Redação AutoData A retomada pelas exportações E ra grande a expectativa: para retomar o crescimento de antes da recessão iniciada na economia estadunidense no fim de 2008, que contaminou vá - rios países, o Brasil inclusive. Este foi um dos destaques da edição de AutoData em julho de 2010. A capa ao lado refletiu o caminho indicado para a indústria retomar os re- sultados positivos, que foi a saída pelos portos. Naquele momento de balanço das operações, no primeiro semestre de 2010, a “impressionante recuperação das expor- tações”, conforme qualificou a reportagem principal da edição 251, demonstrava a expectativa de volta do crescimento, que se confirmaria no fim daquele ano. Em números absolutos a indústria, mesmo no cenário em que o câmbio não estava “nem tão animador assim”, exportou nada menos do que 357,5 mil veículos montados e desmontados no primeiro semestre, 78% a mais do que em igual período de 2009. O faturamento com as exportações no período foi de US$ 4,7 bilhões, 62% maior na mesma base de comparação. Ao fim de 2010 o Brasil so - mou 767 mil 432 mil unidades vendidas ao Exterior. Os mercados na América Latina de - mandarammais carros brasileiros e a eco - nomia argentina dava sinais de estabilida - de, com facilidades para o consumidor obter crédito. Resultado: 40% de aumento das vendas na Argentina no primeiro se- mestre. Resultado de uma década de ativida - des pioneiras no Sul do País, a fábrica da General Motors emGravataí, RS, apareceu na edição de julho de 2010 para confir - mar o potencial transformador da indústria automotiva, fazendo o PIB do município crescer 300%. Assim, a cidade, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, se consolidou como segundo polo produ - tivo automotivo do Estado, depois Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. A cereja do bolo era o início das obras de ampliação com o investimento de R$ 1,4 bilhão. O bommomento também trouxe desa - fios, mas daqueles não tão ruins: gargalos para atender à demanda da retomada. Foi assim que no From the Top o então presidente da Freundenberg-NOK, Ge - orge Rugitsky, levantou a questão sobre a necessidade da produção local acom - panhar os investimentos de uma Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, que manteriam nosso mercado em ebulição nos próximos cinco a seis anos: “Como a indústria mundial tem capacidade ociosa, temvindomuita coisa de fora para atender à demanda interna”. Talvez essa seja a principal mensagem para os dias atuais. Nada novo: apenas mais do mesmo. 1992 2022 2010 foi um ano de recuperação não apenas para o Brasil mas para toda a América do Sul
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