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79 AutoData | Julho 2022 O Haval H6 que chega por aqui nos próximos meses é de nova geração e seu trem-de-força híbrido DHT ainda nem sequer foi lançado na China. O modelo combinamotor a combustão 1.5 turbo com três opções de eletrificação: um híbrido convencional, sem recarregamento na tomada, e dois plug-in, sendo o topo de gama bastante esportivo, com tração nas quatro rodas e dois motores elétricos, um em cada eixo, que somam 483 cv e tor - que máximo de 77,7 kgfm, que segundo medições da fabricante acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos, “com baixo consumo de combustível”. EXPERIÊNCIA ELÉTRICA REAL Chefe comercial da empresa no Brasil, Oswaldo Ramos assinala que “seremos o primeiro mercado global a lançar a versão top de linha dessa tecnologia DHT no ve- ículo”. Ele destaca que o sistema inverte a lógica dos carros híbridos, pois enquanto nos modelos eletrificados convencionais o motor elétrico é um coadjuvante, que entra em ação só em baixas velocidades ou por distâncias curtas, nos modelos que detêem o sistema DHT da GWM a tração elétrica é protagonista e o motor a com- bustão serve de apoio quando necessário. As baterias dos híbridos plug-in DHT da GWM têm carga suficiente para garantir a condução com tração 100% elétrica por até 200 quilômetros, o que significa autonomia elétrica de três a quatro vezes maior do que a maioria dos concorrentes plug-in. O motor a combustão, neste caso, tem função secundária. Segundo o diretor de planejamento de produto da GWM no Brasil, Guilherme Te- les, a ideia é oferecer ao motorista de um modelo híbrido a experiência de condução puramente elétrica, que pode chegar à velocidade máxima de até 140 km/h: “Acreditamos que a experiência do modo elétrico deva ser superior, pois se você mora nas grandes cidades, mas fora do Centro, o objetivo é que seja possível ir e voltar do trabalho somente com tra- ção elétrica, assim como fazer pequenas viagens”. E nas viagens a vantagem do híbrido plug-in de longo alcance é que omotorista não precisa temer ficar sem carga após os 200 quilômetros de autonomia elétrica, pois nesse caso entra em ação o motor a combustão para tracionar o carro e tam- bém para recarregar as baterias. Existe apenas um par de engrenagens fixas para conectar o MCI às rodas. Também é possível acionar um modo ampliado de regeneração e quase dis- pensar o pedal de freio em uso urbano na maioria das situações. Da mesma forma que em alguns sistemas híbridos dispo- níveis no mercado o motor a combustão pode ser usado como gerador, para re- carregar a bateria. FUNCIONAMENTO INOVADOR A tecnologia híbrida dos carros da GWM tem três opções, sempre usando motor a combustão 1.5 turbo que pode ser combinado a umpropulsor elétrico auxiliar, que atua só em baixas velocidades, e os modelos híbridos plug-in funcionam com eletrificaçãomais potente, comumou dois motores elétricos – o segundo incorporado ao eixo traseiro. No modelo híbrido DHT mais poten- te um par de engrenagens fixas conecta o motor a combustão às rodas e a uma dupla motorização elétrica, a dual motor, que transmite força para as rodas, recar- rega a bateria nas frenagens regenerativas e trabalha em conjunto com o motor a combustão em situações alta demanda de torque. O câmbio também traz novidades: é composto por apenas duas engrenagens, uma para altas e outra para médias ve- locidades. Para as baixas velocidades o sistema opta automaticamente pela moto- rização elétrica, quando há carga suficiente para isso nas baterias. Teles observa que o sistema escolhe sozinho o modo de condução: “Ele é inte - ligente para escolher a melhor condição de potência, torque e baixo consumo de combustível. Os dois motores [elétrico e a combustão] só funcionam em potência máxima se você pisar no acelerador. Na

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