390-2022-07
83 AutoData | Julho 2022 220 das quinhentas concessionárias Fiat até agosto, quando começam as entregas do furgão. Mas a expectativa é de rápido crescimento da rede. A rede Fiat Professional vem sendo pla- nejada desde 2019, quando foi iniciado um projeto piloto após o lançamento da Ducato, mas o processo foi interrompido pela pandemia de covid-19 em 2020. Com o aquecimento da demanda por veículos comerciais leves, o recuo da pandemia e a introdução do Scudo a Fiat retomou o plano. Segundo Zola o valor que cada con- cessionária precisa investir para instalar a área Professional varia de R$ 100 mil a R$ 200 mil, incluindo equipamentos para as oficinas e instalação de área de vendas com visual próprio, “mas esse valor se paga pouco meses após o investimento”. O tempo para adaptar a revenda e realizar os treinamentos necessários vai de 45 a sessenta dias. QUASE TUDO IGUAL Curiosamente a parceria das duas mar- cas francesas e da italiana para produção de veículos comerciais é bemmais antiga do que a fusão que criou Stellantis no início de 2021. Fiat/FCAe PSA já compartilhavam a mesma plataforma e linhas para produzir vans e furgões Fiat, Peugeot e Citroën desde os anos 1980, com sociedade em partes iguais em fábricas na Itália, Sevel Sud, e na França, Sevel Nord. Essa sociedade já tinha sido replicada no Brasil, na fábrica da Iveco em Sete La- goas, MG, quando a unidade fazia parte do Grupo Fiat e produziu na mesma linha as vans Fiat Ducato, Citroën Jumper e Peu- geot Boxer – hoje todos importadas da Europa. Agora a sociedade é repetida na fábrica da Nordex, no Uruguai, que desde 2017 já montava com partes importadas emCKD os utilitário leves Citroën Jumpy e o Peugeot Expert, e agora tambémmonta as versões diesel do Fiat Scudo. Omercado brasileiro também receberá uma versão elétrica do furgão, o e-Scudo, mas importado da fábrica da Sevel Nord, na França, onde também são produzidas Divulgação/Fiat os irmão elétricos Ë-Jumpy e e-Expert que já são vendidos no Brasil. Com exceção da grade dianteira com o logo diferente de cada marca quase tudo é igual no visual, nas dimensões e na mecânica dos três utilitários leves da Stellantis. As versões com motor turbo- diesel de 120 cv e câmbio manual de seis marchas têm capacidade para levar 1,5 tonelada de carga. No caso das opções elétricas a ca- pacidade de carga é de 1 tonelada – por causa do peso extra das baterias –, omotor tem 136 cv e a autonomia é de até 330 quilômetros antes de precisar recarregar, distância que desce para 240 quilômetros quando o veículo está carregado e circu- lando na cidade. O preço dos três modelos de furgões elétricos no Brasil também é igual: R$ 330 mil. PREÇOS DIFERENTES Mas as opções a diesel têm preços divulgados maiores do que as mesmas configurações das marcas francesas. O furgão Cargo está sendo encomendado por R$ 187 mil 490 e o Scudo Multi, versão envidraçada do furgão para transforma- ções, como ambulância, sai por R$ 192 mil 490. Também está nos planos o lançamen- to de uma versão com assentos para até sete passageiros com bagagens, mais o motorista. Inicialmente a Fiat indicará aos clientes possíveis parceiros para realizar as adaptações no veículo, usando o Scu- do Multi envidraçado como base para a transformação. Zola diz que ,“no futuro, pretendemos ter uma versão 7+1 já adaptada e disponível para pronta entrega nas concessionárias, mas isso virá em um segundo passo”. Neste caso não houve, ainda, sinergia com Peugeot e Citroën, que já oferecem as versões Minibus da Expert e da Jumpy com capacidade para até dez passagei- ros e o motorista. Após a montagem no Uruguai a instalação de poltronas nos dois modelos é feita na fábrica das marcas em Porto Real, RJ. Pode ser mais uma opor- tunidade sinérgica.
Made with FlippingBook
RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=