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91 AutoData | Julho 2022 12%, de 3,3 mil toneladas por hectare para 3,7 mil toneladas. A potência do agronegócio brasileiro ainda ganha o reforço de 596 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, crescimento de 38% no intervalo das safras 2005/2006 e 2022/2023, e demais 53 milhões de sacas de café, alta de 12% de 2012 a 2022. O Brasil também se destaca na criação de diferen- tes raças de animais para os mercados de carnes e leite, com rebanhos bovinos e suínos dentre os maiores domundo, além da atividade florestal e outros segmentos da agricultura familiar. Para assegurar o desempenho do agro- negócio, que no ano passado teve partici- pação de 27,4% no PIB brasileiro, o governo federal anunciou a destinação de R$ 340 bilhões para o financiamento da atual safra. Esses recursos sustentam o crescimento Divulgação/New Holland Agriculture da indústria demáquinas e equipamentos agrícolas nos últimos anos, o que também garante avanços tecnológicos contínuos. PERSPECTIVA POSITIVA Rodrigo Junqueira, gerente geral da fabricante de máquinas agrícolas AGCO e vice-presidente damarcaMasseyFerguson na América do Sul, lembra que o Brasil é o único país que faz duas safras por ano e possui quantidade de uso de área agri- cultável muito grande e pouco explorada. Aexpectativa de contínuo crescimento da demanda, safras recordes e preços eleva- dos para os grãos e consequente aumen- to de renda faz o agricultor reinvestir na propriedade, buscando tecnologias para melhorar os resultados. Junqueira afirma que o produtor euro - peu tem pequenas áreas, menos safras ao ano, possui máquinas algumas vezes superdimensionadas e troca omaquinário em período mais curto. Já o brasileiro ge- ralmente utiliza os equipamentos pormais tempo do que seria recomendável. Como consequência vislumbra uma oportunidade de demanda de atualização de frota com maior frequência: “Dados da Cogo Consul- toria apontamque a frota commais devinte anos em campo é representativa: 39% dos tratores e 48% das colheitadeiras”. Presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da Abimaq, a Associação Brasi- leira da Indústria de Máquinas, Pedro Es- tevão assegura que o mercado agrícola brasileiro tem assimilado muito bem os avanços, principalmente nas culturas de exportação e nas médias e grandes pro- priedades, mas nas menores há umdéficit de entrada das tecnologias por questões econômicas. Razão para que a indústria tra- balhe para amenizar essa diferença e para oferecermáquinas adaptadas compreços compatíveis aos pequenos produtores. O executivo da AGCO avalia que a boa aceitação se deve principalmente ao de- sempenho e ao custo-benefício. Observa que essa característica é ainda mais mar- cante com a entrada das novas gerações de agricultores no campo, que buscam renovar omaquinário como que há demais

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