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103 AutoData | Agosto 2022 Considerando todos os problemas que impactama economia tanto no Brasil quanto em outros países você acredita que os preços dos carros, especial- mente osmodelosmais baratos do Brasil, seguirão sofrendo reajustes? Existe um momento no curto prazo que será possível reduzir os preços dos carros de entrada? A inflação tem dado sinais de queda e o governo implementou reduções de impostos recentemente. As duas reduções de IPI já levaramà diminuição dos preços. No entanto, os custos para as montadoras seguem crescendo e chegam aos valores finais dos automóveis. Por outro lado é importante lembrar que com a melhoria da crise de falta de componentes haverá mais disponibilidade de carros no mercado e, assim, aos poucos, podemos voltar a ver descon- tos. Com a volta ao normal da produção do setor automotivo o preço final para consumidor pode ficar mais baixo na prática. Mas tudo depende da oferta e da demanda. Omercado brasileiro já teve uma competição feroz no segmento de entrada, com mais de uma op- ção em quase todas as marcas. Na sua opinião há oportunidade para a retomada desse segmento, com produtos bem equipados e preços acessíveis à classe média que pretende adquirir seu primeiro zero-quilômetro? Esse segmento sofre com custos tanto quanto os outros pela inflação, dólar e outros fatores. Assim não deve haver redução de preços, mas vemos um movimento:. há umnovomodelo de negócio para que clientes desse segmento possamadaptar seu poder de compra: os carros por assinatura, complanos que não exigem que o consumidor gaste tanto dinheiro de uma vez. O que vai acontecer nos próximos me- ses também depende da política econômica, das eleições e como isso poderá influenciar no aumento do poder de compra do consumidor. Herlander Zola, vice-presidente Fiat América do Sul Ricardo Gondo, presidente da Renault no Brasil Paulo Bareta Divulgação/Renault Considerando todos os problemas que impactama economia tanto no Brasil quanto emoutros países você acredita que os preços dos carros, especial- mente os modelos mais baratos do Brasil, seguirão sofrendo reajustes? Existe um momento no curto prazo que será possível reduzir os preços dos carros de entrada? Há vários fatores que impactam o preço final do veículo. O primeiro deles é a legislação [de equi- pamentos obrigatórios de segurança, emissões de poluentes e eficiência energética]. Nesse as - pecto ao longo dos últimos anos o Brasil evoluiu de forma bastante positiva, os carros estão mais seguros, emitem menos CO2 e outros gases po- luentes. O segundo fator que incluencia no preço é a demanda do cliente por veículos cada vez mais completos, commais tecnologia e conectividade. E o terceiro fator é o aumento do custo, como por exemplo das matérias-primas, do frete, além da variação cambial. Omercado brasileiro já teve uma competição feroz no segmento de entrada, com mais de uma op- ção em quase todas as marcas. Na sua opinião há oportunidade para a retomada desse segmento, comprodutos bem equipados e preços acessíveis à classemédia que pretende adquirir seu primeiro zero-quilômetro? O segmento de entrada segue sendo importante e é composto por vários tipos de clientes: primeiro carro zero-quiômetro, jovem, família etc. Com o lançamento do novo Kwid 2023 trouxemos um veículo com novo design, mais tecnologia, com start&stop [que desliga o motor quando o car- ro está parado para economizar combustível] e direção elétrica de série, por exemplo. Também aumentamos a segurança, com quatro airbags e [controle eletrônico de estabilida] ESP de série para os nossos clientes.
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