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104 Agosto 2022 | AutoData AUTODATA 30 ANOS » MEMÓRIA Redação AutoData Antecipando o futuro F oi uma bela edição de 106 páginas a de agosto de 2011. Naquele mês AutoData registrou a solenidade de assentamento da pedra fundamen- tal da primeira fábrica de uma empresa chinesa no País, a Chery, em Jacareí, SP. Tambémproduzimos duas séries especiais de reportagens, uma sobre trabalho e ou- tra sobre inovação na indústria automotiva. Aquela edição trouxe muitas realiza- ções da indústria e, ao mesmo tempo, apontou o olhar para o futuro, alertando que a competição global poderia ameaçar o setor no Brasil que, naquele momento, estava prestes a comemorar a marca de 50 milhões de veículos de passeio pro- duzidos. Com alguns milhares de engenheiros e técnicos a serviço de centros de pesquisa instalados nas empresas fabricantes de veículos e de autopeças do País, a revista de agosto indicava a necessidade dessas estruturas produzirem inovações. Assim como já havia sido feito com a tecnologia flex a engenharia nacional estava equipada para encontrar outras soluções. A série es- pecial de reportagens já destacava que a eletrônica era umcampo fértil, que deveria ser mais bem explorado. Naquela época os laboratórios já ti- nham recursos conhecidos como fábricas digitais, que simulavam o controle à dis- tância de linhas de produção. Processos que hoje estão inseridos nas fábricas e são conhecidos como indústria 4.0,foram apresentados emAutoData daquele 2011. Pneus verdes, materiais termoplásticos de alta resistência, para-brisas antiem- baçante e com propriedades acústicas. Esses foram exemplos de colaboração da engenharia nacional com o desenvol- vimento global de diversas empresas na- quele período. Porém, o que ficou latente é que inovação não precisa ser algo mira- bolante. Precisa ser algo “que se constrói no dia a dia”. Naquele ano o setor automotivo co- memorava o que foi chamado de pleno emprego, com a força de trabalho atin- gindo seu maior nível desde meados dos anos 1980. Mas naquela época a desin- dustrialização já preocupava. A falta de competitividade dos carros compactos feitos aqui, custoa acima da média e o baixo valor agregado de diversos itens manufaturados reduziamas possibilidades da indústria automotiva nacional. Estavam quase todos certos àquela época. 1992 2022 Em 2011, quando a indústria comemorava bons resultados, o olhar de AutoData apontava para os desafios desta década

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