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52 Agosto 2022 | AutoData MEIO AMBIENTE » DESCARBONIZAÇÃO híbridos plug-in e, quem sabe, célula de hidrogênio que gera energia por meio de um reator eletroquímico. Nessa corrida a Toyota largou na frente no Brasil, desenvolvendo e produzindo em suas fábricas no País os primeiros modelos híbridos flex etanol-gasolina do mundo, o sedã Corolla lançado em2019 e o SUVCo- rolla Cross que chegou poucomais de um ano depois comomesmo powertrain. Mas embreve deve ser acompanhada pormui- tos concorrentes, com algumas variações. Durante o Congresso Revisão das Pers- pectivas 2022, promovido por AutoData em julho, o presidente da Stellantis para a América do Sul citou setes vezes o sis- tema mild hybrid, ou híbrido leve – aquele mesmo que está ganhando protagonismo nos mercados europeu e estadunidense, com uso de sistema elétrico auxiliar de 48V – como importante alternativa para iniciar a descarbonização dos seus mo- delos nacionais. Filosa respondeu “sim e sim” quando perguntado sobre a possibilidade de na- cionalizar esses pequenos propulsores elétricos de 48V e acoplar o sistema nos motores flex etanol-gasolina das quatro marcas que o grupo vende no Brasil. Mas a Stellantis não será a primeira a lançar híbridos leves flex: há cerca de um mês a Caoa Chery começou a montar em Anápolis, GO, versões dos SUVs Tiggo 5X e 7 equipados commotores flex auxiliados pela eletrificação de 48V. Todo o power - train é importado, chega pronto da China, com sistema bicombustível fornecido pela Marelli. A recém-chegada Great Wall também fará esta adaptação. A partir de 2023 pro- duzirá na fábrica que comprou da Merce- des-Benz em Iracemápolis, SP, somente modelos híbridos flex, fechados e plug-in – este com autonomia para rodar até 200 quilômetros com propulsão 100% elétrica. Já Pablo Di Si, que liderou aVolkswagen na região até o início de agosto, convenceu o board naAlemanha a incluir biocombus- tíveis em seu plano global de descarboni- zação e aprovou investimento na criação de umcentro de pesquisa e desenvolvimento de etanol e biocombustíveis no Brasil. Tam- bém está nos planos o desenvolvimento de híbridos flex. Emencontro de despedida comalguns jornalistas brasileiros – a partir de setembro Di Si será CEO do Grupo Volkswagen nos Estados Unidos e da marca Volkswagen na América do Norte –, o executivo afir - mou que modelos híbridos flex e a célula de hidrogênio extraído do etanol, assim como o conhecimento e a tecnologia de produção do biocombustível, têm “grande potencial emoutros importantesmercados automotivos, criando uma rota alternativa para a descarbonização”. A Anfavea também está alinhada com esta rota. O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, disse no início de agosto que “o Brasil temoutros caminhos que são Divulgação/GM

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