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95 AutoData | Agosto 2022 volumes anuais de produção e vendas parecidos durante quase duas décadas, até voltar a dar um saldo há cerca de dez anos, quando o PIB crescia e o governo incentivou os investimentos. Nesse ambiente novos fabricantes fo- ram atraídos pela multiplicação de obras e hoje existe no País mais de uma dezena de fábricas de pás carregadeiras, tratores de esteiras, retroescavadeiras, motonivela- dores, rolos compressores. A indústria tem respondido ao mercado com investimen- tos em produção local e tecnologia, mas desde 2014 o setor entrou em declínio. Com a retomada de obras, principal- mente no setor privado de habitação, a partir de 2018 produção e venda de má- quinas de construção voltaram a crescer. Mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia em 2020 as vendas da li- nha amarela cresceram 22% sobre 2019, com cerca de 19,5 mil máquinas, segundo levantamento da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Minera- ção, Sobratema. Em 2021 o setor voltou a crescer 20%. Mas poderia ser bem mais. Segundo especialistas o Brasil precisa investir anual- mente, no mínimo, valor equivalente a 4% do PIB para cobrir todas as suas carências Divulgação/CNH Industrial de infraestrutura, mas investe menos da metade disso. Pelos cálculos da Sobra- tema se todos os aportes necessários fossem realizados o mercado potencial brasileiro cresceria para cerca de 50 mil máquinas de construção por ano. O Programa de Parcerias de Inves- timentos, criado em 2016 pelo governo federal, é uma das apostas para destravar investimentos em infraestrutura, mas já há o entendimento de entidades, como a CNI, Confederação Nacional da Indústria, de que só isso será insuficiente. Estudo da organização, publicado em junho, estima a necessidade de aumentar em mais do que o dobro o valor investido atualmente por ano, que é da ordemde R$ 135 bilhões, valor que já tem 70% de participação do setor privado. AVANÇO TECNOLÓGICO Apesar das amarras econômicas que limitam o crescimento em nível abaixo do potencial o mercado ainda tem relevân- cia e tamanho suficientes para sustentar a evolução tecnológica dos fabricantes de máquinas rodoviárias em linha com os centros mais avançados do mundo. Os investimentos da indústria em novas tecnologias têm contribuído para o cres-