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103 AutoData | Setembro 2022 Até agora 2022 ficoumarcado pela falta deveículos novos para atender à deman - da por locações. Qual a projeção para este ano? É possível repetir 2021 em fa - turamento e frota no segmento? Os prazos de entrega para os pedidos das locadoras jámelhoraramna comparação como ano passado, quando chegamos a 180 dias oumais de espera. Os números em2022 estão positivos, inclusive porque as compras de veículos feitas pelas loca - doras cresceram 85,4% na comparação com o primeiro e o segundo trimestres. Nos primeiros três meses foram empla - cados 78 mil 578 veículos, enquanto no segundo trimestre foram 145 mil 720. O nosso setor comprou 223 mil 967 mil novos carros no primeiro semestre de 2022 e essas compras representaram 49,3% do total adquirido no ano todo de 2021. Resultado: nossa frota total cresceu 6,3% nos primeiros seismeses de 2022. E, comrelação ao faturamento, trabalhamos coma perspectiva de crescimento de no mínimo 10% em relação a 2021. Aexpectativa é que em2023 omercado de locação recupere os estoques com - prando mais carros novos? Qual seria o volume dessa frota necessária para a atividade deste mercado? Sim, temos a expectativa de que o mer - cado de veículos esteja ainda mais pró - ximo da normalidade no ano que vem. Historicamente nosso setor tem sido responsável pela compra de aproxima - damente 20% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos por ano no Brasil – e isso ocorreu, inclusive, du - rante os últimos dois anos, apesar da pandemia. Mesmo assim, os volumes entregues para o nosso setor, nestes anos, ficaram abaixo da necessidade de renovação da frota das locadoras. Em função das dificuldades enfrenta - das para a produção de veículos no - vos, tivemos acesso somente a 360 mil unidades em 2020 e a 440 mil em 2021. Isso gerou uma demanda reprimida que, ainda hoje, gira em torno de 500 mil a 600 mil veículos. Marco Aurélio Nazaré, presidente da Abla, Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis Enílson Sales, presidente da Fenauto, Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores Divulgação/Abla Divulgação/Fenauto O mercado veículos usados teve gran - de valorização nos últimos anos. Alguns modelos superarambastante os preços de referência. Agora, com a tendência de normalização dos estoques de novos, haverá uma acomodação dos preços? Qual o cenário para este final de 2022? A valorização dos veículos seminovos e usados, em 2021, e nos primeiros três meses de 2022, foi basicamente provo - cada pela ausência de veículos 0 KM, fazendo a demanda se concentrar em nosso segmento. Não só pela melhora na entrega do carro zero, mas também porque a curva de preços sempre se ajusta à demanda, os preços se acomo - daram, hoje já bem equilibrados, num patamar bem menor do registrado em 2021 e nos primeiros meses de 2022. A tendência é que até o fim deste ano os preços fechem em nível mais baixo do que em 2021, ressaltando que isso depende do modelo e do estado geral dele, com fatores como baixa quilome - tragem, pneus, funilaria etc. Qual a projeção de vendas de modelos usados este ano? Há estoque disponível para atender à demanda?Ou haverá uma redução no crescimento dos negócios neste segmento? Dificilmente falta estoque nomercado de seminovos, diferentemente domercado de zero-quilômetro que pode parar de produzir e, portanto, pode descontinuar alguns modelos. Ummodelo zero tem a sua disponibilidade na proporção da sua fabricação. Já o seminovo, exceto se for ummodelo e ano específico, terá sempre estoque disponível. Isso é fato. Até o fim do ano nosso setor deve chegar próximo aos 14 milhões de transferências, contra 15 milhões em 2021. Embora menor o resultado é muito bom olhando para o histórico domercado brasileiro. Sofremos demais pela falta do zero, com a crise mundial pós-covid, a guerra da Ucrânia, o aumento dos combustíveis e a pola - rização da política brasileira. Com essa desaceleração comemoraremos os 14 milhões que esperamos comercializar.
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