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29 AutoData | Setembro 2022 promessa de abrir fábrica no País, a Honda foi das primeiras a se enquadrar – junto com Renault, PSAPeugeot Citroën eMercedes- -Benz Cars. Mesmo tendo adquirido o terreno no Interior de São Paulo vinte anos antes a Honda pleiteou incentivos e obteve be- nefícios estaduais e municipal, incluindo doação de área adicional emSumaré, que viria a ser o futuro campo de provas. INÍCIO TÍMIDO E EXPANSÃO Avinda da HondaAutomóveis quebrou um hiato de 21 anos sem inaugurações de novas fábricas de veículos no País: a última havia sido a Fiat, que se instalou em Betim, MG, em 1976. Mas o início foi bastante tímido. Após a inauguração da planta de Sumaré, em 6 de outubro de 1997, apenas vinte unidades do sedã Civic, em sua sexta geração, saíam diariamente da linha de montagem. A capacidade inicial da fábrica, com quatrocentos funcionários, era de 15 mil veículos por ano. Mas o plano era bemmais ambicioso: atingir 200 mil/ano a partir de 2005. Quando a data chegou, no entanto, o volume foi de 70 mil veículos, incluindo na conta o Civic e tambémo compacto Fit, que entrou em produção em 2003. Os negócios sómelhoraramno fimda - quela década, depois do lançamento de nova geração do NewCivic, em 2006, que formou filas de espera e levou a fábrica a trabalhar perto da capacidade máxima. Hoje, com2,2mil empregados, a capacida- de de produção da Honda no Brasil, toda ela transferida para Itirapina, SP, é de 120 mil unidades/ano. O total acumulado em 25 anos ultrapassa 2 milhões de veículos produzidos. A Honda ampliou pouco a pouco a localização de componentes para seus produtos no País. Houve umprocesso para estruturar a rede de fornecedores para Su- maré, que começou com 33 empresas. O Civic tinha índice nacionalização inicial 47% em 1997, um ano depois passou a 58% e, em 2004, subiu a 70%. Os motores com bloco e cabeçote de alumínio, que eram importados, começa- ram a ser produzidos na planta paulista a partir de 2008, após investimento de R$ 130 milhões em uma nova área fabril que ocupou 13,5 mil m2. Após o Civic, em 1997, e o Fit, em 2003, só em 2009 entrou em produção o terceiroHonda nacional, o sedã compacto City. Em 2014, para se enquadrar ao Inovar - -Auto, com o objetivo de ampliar a nacio- nalização para 80% e a fim de aprimorar o trabalho feito pelos laboratórios para testes demotor, foram investidos R$ 100milhões para inaugurar o Centro de Pesquisa e De- senvolvimento deAutomóveis emSumaré. Foi construído novo laboratório, equipa- do com dois dinamômetros de chassis e sistema de medições de emissões, que contribuírampara o desenvolvimento local de componentes e sistemas de motor e transmissão. Raio-X Honda Automóveis do Brasil INVESTIMENTOS 1997-2022 R$ 7 bilhões FÁBRICAS Sumaré e Itirapina, SP FUNCIONÁRIOS 2,2 mil CAPACIDADE 120 mil automóveis/ano PRODUÇÃO ACUMULADA ATÉ 2021 + 2 milhões de veículos PRODUÇÃO LOCAL New City sedã, New City hatchback, HR-V e WR-V (exclusivo para exportação) PROCESSOS PRODUTIVOS Estamparia, solda de carrocerias, pintura, montagem final, motores e injeção de peças plásticas.
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