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30 Setembro 2022 | AutoData INDÚSTRIA » PRIMEIRA NEWCOMER O novo centro liderou o primeiro projeto nacional da Honda, o WR-V, com estilo SUV, produzido sobre a plataforma do Fit a partir de 2017. No mesmo ano foi inaugurado parque eólico em Xangri-La, RS, ao custo inicial de R$ 100 milhões e com a missão de su - prir toda a demanda de energia elétrica da fábrica de Sumaré e, consequentemente, reduzir 2,2 mil toneladas de CO² emitidas por ano. Para operar a estrutura foi criada a Honda Energy do Brasil. Desde então o empreendimento já ge- roumais de 591milMWh e evitou a emissão de mais de 42 mil toneladas de CO2 no meio ambiente. Até o momento a Honda contabiliza que 859 mil automóveis foram produzidos com energia limpa. A REESTRUTURAÇÃO NO PAÍS Com o boom do mercado brasileiro no início dos anos 2010 a Honda decidiu dar um passo no Brasil que provou ser maior do que era sustentável. Em 2013 foi anun - ciado novo investimento, de R$ 1 bilhão, para construir sua segunda fábrica bra- sileira, em Itirapina, SP, que faria dobrar a capacidade de produção no País para 240 mil unidades/ano e desafogar a apertada linha de Sumaré, que operava no limite da capacidade, em três turnos. A novela da planta de Itirapina se ar- rastou por seis anos. O plano era iniciar a produção do Fit na nova fábrica a partir de 2016 – mesmo ano em que foi lança - do o quarto Honda nacional, o HR-V, que obteve sucesso instantâneo de vendas na ascendente categoria de SUVs compac- tos. A planta ficou pronta, mas diante da recessão econômica que se avizinhava a Honda preferiumanter a unidade fechada, sem produção. Em2016, ementrevista aAutoData, Ro - bertoAkiyama, hojevice-presidente comer- cial da Honda South America, declarou: “A unidade de Itirapina seria responsável por desafogar a produção de Sumaré e ampliar a capacidade de produção de modelos como o HR-V. No entanto a inauguração, que estava prevista para o primeiro semes- tre deste ano, já não temmais data para ser realizada. Só faremos isso quando omerca- do sinalizar uma recuperação. Já está tudo pronto, mas não contratamos funcionários, que devem somar 2 mil, para não termos de lidar com questões de ajustes de mão de obra, como lay-off e férias coletivas”. Cortando para fevereiro de 2019, quase três anos e meio depois da data esperada para a inauguração, a fábrica de Itirapina finalmente começou a operar coma produ - ção do Fit. Pouco depois a Honda divulgou seu plano de transferir toda a produção de veículos de Sumaré para a nova planta até 2021, o que efetivamente foi feito. Mas a primeira unidade industrial no País foi mantida e, hoje, segue produzindomotores, peças plásticas injetadas e também sedia o centro de pesquisa e desenvolvimento. O fim desse processo culminou com a reformulação de todo o portfólio de carros nacionais da Honda no País. No ano passa- do saíram de linha o Fit e o Civic – o sedã passa a ser importado. OWR-V continuou emprodução só para exportação. No início de 2022 entrou emprodução em Itirapina a nova geração do City, desta vez emversões sedã e hatch. No meio do ano foi a vez de iniciar a fabricação dos novos HR-V, desta vez com motorização aspirada e turbo. Assima Honda concluiu o primeiro quar- to de século de sua história de produção de automóveis no Brasil, sempre comcautela, mas comprodutos que ganharam reputa- ção e a confiança do brasileiro.
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