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50 Setembro 2022 | AutoData EVENTO » ENGENHARIA O primeiro deles foi o Inovar-Auto, de 2012 a 2017, que trouxe pela primei- ra vez metas de eficiência energética para veículos leves, todas cumpridas com enormes benefícios de redução de emissões de CO2 nos carros produzidos a partir de 2016, assim como a criação do programa sucessor, o Rota 2030, em três ciclos até 2032, mirando reduções ainda maiores nas emissões para cada período. “Temos um longo caminho ainda pela frente e admito, inclusive, que temos muito mais pontos de interrogação do que respostas”, disse Margarete Gandini. “Mas é importante lembrar que o governo não faz carros. A política industrial tem de ser definida com os atores. A decisão será de cada um de nós, não só do governo.” Nesse sentido a diretora de conser- vação florestal e serviços ambientais do Ministério do Meio Ambiente, Marta Lisli Giannichi lembrou que o Brasil pretende ter, até 2050, uma economia neutra em carbono e o governo quer aplicar uma espécie de auto-regulamentação para atingir este objetivo. Caberá a cada setor definir seus planos de descarbonização e prazos para apresentá-los ao governo. Em maio foi publicado decreto que instituiu o Sinare, Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa. A plataforma on-line funcionará como uma central que unificará os regis - tros de emissões, remoções, reduções e compensações de gases de efeito estufa. “É ummomento de transição, durante o qual é fundamental que o País não abra mão do que tem, como é o caso do etanol. O carro híbrido flex pode ser o caminho para o Brasil”, foi a ênfase de Marta Giannichi. “O mundo aponta para os veículos elétricos, mas aqui vemos várias rotas. As novas soluções também deverão ser lucrativas para toda a ca- deia envolvida, além de preservar o meio ambiente.” Os veículos elétricos também farão sua parte no ecossistema descarbo- nizado brasileiro, mas com aplicações limitadas a alguns nichos de mercado, de acordo com a diretora. Isso já acon- tece no Brasil, com caminhões e furgões elétricos sendo usados para distribuição urbana de mercadorias, assim como os ônibus elétricos para o transporte urbano de passageiros e veículos leves para aplicativos. Divulgação/Simea