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14 FROM THE TOP » ACHIM PUCHERT, MERCEDES-BENZ Setembro 2023 | AutoData rentabilidade suficiente mesmo em momentos de desaceleração. Assim um dos tópicos é reestruturar o negócio, o que já estamos fazendo, para moldar a empresa para o futuro no horizonte até 2030, olhando para as transformações e tendências globais da indústria, com novos competidores e novas tecnologias. O senhor já teve tempo suficiente para se acostumar aos altos e baixos do País? Não necessariamente só no Brasil. Na minha carreira eu trabalhei com mercados internacionais, fora do eixo clássico europeu e japonês, como Oriente Médio, África e Leste Europeu, com muitos altos e baixos. Diria que isto não me preocupa nem me deixa nervoso: o mais importante é que você esteja pronto para reagir, é necessário estar alerta para gerenciar os diversos ciclos e adaptar o negócio. Já sob sua direção, há exatamente um ano, a Mercedes-Benz anunciou um impactante plano com a terceirização das áreas de logística, manutenção, produção de eixos e transmissões, ferramentaria e laboratórios, que implica na demissão de 3,6 mil empregados, incluindo 1,2 mil temporários que não tiveram seus contratos renovados. Como tudo isso está progredindo? O quadro de empregados é um dos itens do plano, mas estamos reestruturando toda a companhia, incluindo o portfólio de produtos, as pessoas, o faturamento no País, as fábricas. Uma das questões é se temos o espaço certo e a situação financeira correta para investir em nosso futuro. Ao fazer isso estamos indicando as operações e serviços que podemos terceirizar, pois não são parte da nossa “ A razão fundamental para ser rentável é que isto dá perspectivas aos nossos empregados aqui, traz desenvolvimento social e tecnológico para o Brasil e América Latina, e um fabricante sustentável e rentável garante aos nossos concessionários e clientes um futuro bem-sucedido com nossos produtos e serviços.” estava no mesmo estágio que se encontrava no passado, mas segue com muito potencial. Algo que me motivou a aceitar o novo posto é que já havia estado diversas vezes no Brasil, porque alguns tios e tias vivem aqui, então já conhecia o País e seu povo. Qual missão a Daimler Truck confiou ao senhor para a operação brasileira? Como disse a operação brasileira é muito importante para a companhia, temos uma longa história de 67 anos no País e uma trajetória bem-sucedida. Na última década não estivemos no nível que nós gostaríamos, mas seguimos investindo. A matriz acredita no potencial do Brasil e da América Latina, assim muitos investimentos foram feitos. Agora a missão é construir um modelo de negócio mais resiliente em face dos muitos altos e baixos na demanda, para assegurar

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