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104 Outubro 2023 | AutoData duz: “Informações tributárias mais transparentes e padronizadas podem nivelar o campo de atuação de montadoras e concessionárias, facilitando a concorrência mais saudável. A tributação mais justa também pode estimular montadoras a investir em novas tecnologias e melhorar a eficiência na produção e distribuição de veículos. Isso pode levar a uma variedade mais ampla de opções no mercado, beneficiando os consumidores”. Ainda no campo da tributação Chang admite que a possibilidade de aumentar o imposto de importação sobre veículos eletrificados terá impacto no volume. O executivo lembra do efeito positivo da redução de impostos em 2013 que levou a Toyota importar o híbrido Prius. Todas as unidades foram vendidas o que impulsionou a decisão de nacionalizar a produção e desenvolver a tecnologia híbrida flex, e “com isto a marca investiu no País, gerou mais empregos, e apostou em uma tecnologia que aproveita um recurso amplamente disponível no Brasil: o etanol”. O mercado precisa se ajustar e uma política de isenção não pode durar para sempre, justifica Chang. Ele argumenta que é preciso proporcionar maior previsibilidade aos importadores e, ao mesmo tempo, fomentar mais investimentos na produção no País: “A isenção de impostos atual desfavorece as empresas que investiram no País”. POLÍTICA SETORIAL Outra medida que deve trazer melhores condições à indústria a partir de 2024 é a segunda fase do Rota 2030, agora chamado de Promovi, Programa Mobilidade Verde e Inovação. Chang afirma que a política setorial terá mecanismos para impulsionar a transição energética por meio de incentivos à produção local de veículos eletrificados e seus componentes: “Os grandes traços do programa já mostram avanços, por exemplo, na fórmula para adotar a eficiência energética em substituição à cilindrada de motores como um dos parâmetros para a futura tributação”. “ A Toyota acredita no Brasil como protagonista da transição energética. O hidrogênio renovável a partir do etanol, por exemplo, é um caminho potencial e uma das inovações da nossa empresa.” Rafael Chang, presidente Toyota Brasil Mais: “A Toyota acredita no Brasil como protagonista da transição energética. O hidrogênio renovável a partir do etanol, por exemplo, é um caminho potencial e uma das inovações tecnológicas da nossa empresa. Recentemente também anunciamos o início dos testes da tecnologia híbrida plug-in flex para produção nacional”. A expectativa é que nova fase do Rota 2030 também possa melhorar o nível de preços dos produtos. Chang pondera que os valores cresceram por causa das normas e padrões de segurança, que “elevaram o status destes produtos aos do primeiro mundo, o que resulta em tíquete maior”. A solução para isto é uma equação complexa que leva em conta fatores como taxação, melhoria da renda, condições de acesso a financiamento e, também, uma política que ofereça vantagens para a aquisição de veículos mais eficientes. Chang acredita que “veículos que consomem menos combustível e emitem menos CO2 poderiam ter políticas tributárias diferenciadas e, com isto, contribuir ao mesmo tempo com o consumo e com a descarbonização”. Ele lembra que a Toyota cumpre sua parte, desenvolvendo a tecnologia híbrida flex, com nova versão que emite menos CO2, e investindo no Brasil: “Atualmente somos a principal marca de veículos híbridos e híbridos flex no País: já comercializamos cerca de 70 mil unidades com esta tecnologia”. PERSPECTIVAS 2024 » TOYOTA

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