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12 Outubro 2023 | AutoData FROM THE TOP » MÁRCIO DE LIMA LEITE, ANFAVEA “ Tudo indica que 2024 será melhor do que 2023. Acreditamos no crescimento principalmente por causa da redução da taxa de juros e de um ambiente mais favorável para o País.” previsão era de leve crescimento de 2,2% e agora este porcentual foi rebaixado em 0,1%, com 2 milhões 372 mil veículos. Para qual lado tende a ir o ritmo da indústria no ano que vem? Para este ano e 2024 o fornecimento de componentes não limita as vendas como aconteceu em 2022. O que mais influenciou a redução de produção em 2023 foi a queda acentuada das exportações. Um país como o Brasil precisa exportar mais se quiser ser um grande produtor. A Anfavea, que esperava por variação negativa de 3% nas vendas externas este ano, reprojetou esta queda para 11,8%, para apenas 420 mil unidades. Como devem se comportar as exportações em 2024? Este ano observamos quedas expressivas nos mercados dos principais países de destino. Acreditamos que o cenário deve melhorar em 2024 com menos instabilidades nesses países. A Argentina se aproxima das eleições, o que sempre afeta o mercado, e a situação deve se estabilizar no ano que vem. O México acumula dezessete meses de crescimento e deve seguir assim. Pelas quedas vistas no Chile e na Colômbia também se espera uma retomada. Portanto a tendência é de melhorar em 2024. Com quais projeções macroeconômicas a Anfavea trabalha no encerramento deste ano e para 2024? Com relação a 2023 esperamos crescimento do PIB de 3%, inflação sob controle de 4,5% a 5%, câmbio estável a R$ 5 e taxa Selic de 11,75% [no fim do ano]. Para 2024 projetamos expansão do PIB de 1,5%, inflação em torno de 4%, câmbio continua em R$ 5 e esperamos juros 8,5%, abaixo da estimativa de 9% do mercado. Os carros ficarão ainda mais caros com novas tecnologias? Os preços dos carros no Brasil receberam muitos impactos gerados pelas novas tecnologias. O processo de eletrificação também vai encarecer os produtos. Isto é natural. Mas o Brasil deverá ter uma transição mais suave porque temos o etanol, que já é uma realidade e deve suavizar a escalada de preços. A indústria automotiva brasileira leva vantagem na descarbonização? Uma grande vantagem. Biocombustíveis e minerais são riquezas que temos para encarar este momento. [Por causa dos veículos que rodam com etanol] o Brasil já tem hoje o que seria equivalente a 8 milhões de veículos elétricos em circulação. Temos uma solução pronta, um grande diferencial competitivo, seja com veículos elétricos ou eletrificados com etanol.

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