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83 AutoData | Outubro 2023 da segunda fase do Rota 2030, o Mobilidade Verde e Inovação. Fujimoto avalia que as exigências do programa, quanto à melhoria de eficiência energética e ao aprimoramento da segurança veicular, são extremamente rígidas e demandarão grandes investimentos mas que isto trará a antevisão que permitirá planejar investimentos de forma adequada. Fujimoto ressaltou que a Honda Automóveis segue atenta para melhorar o desempenho ambiental da sua linha de produtos e ilustrou que os modelos New City, New City Hatchback e New HR-V contam com motor 1.5 DI DOHC i- -VTEC com injeção direta, o que melhora o desempenho e reduz o consumo de combustível. Outra preocupação da Honda é com as condições macroeconômicas do País, as quais, segundo o executivo, impactam tanto o ambiente produtivo como o desenvolvimento socioeconômico como um todo. Por enquanto Fujimoto avalia que os sinais são positivos, com a queda das taxas de juros e da inflação, mas ponderou que a economia precisa se recuperar para que haja aumento da renda da população, a fim de assegurar a continuidade da aquisição de produtos de maior valor agregado pelo consumidor. “Apesar de os últimos dados indicarem queda no desemprego a renda média do brasileiro ainda não recuperou patamar pré-pandemia. O País precisa de retomada mais forte para que o mercado de trabalho avance em dados e qualidade dos empregos, contribuindo com o poder de compra.” Temas como arcabouço fiscal e reforma tributária também são essenciais para a melhora do cenário econômico. Com relação aos expressivos aumentos nos preços dos veículos nos últimos anos Fujimoto atribui o movimento a três principais fatores: taxa de câmbio, maiores custos devido à crise nas cadeias de suprimentos desencadeada na pandemia e tecnologia embarcada para atender exigências dos consumidores e novas regulamentações. “ Considerando desafios de custo, infraestrutura, políticas públicas, perfil do mercado e vantagens do etanol por sua baixa emissão, no médio prazo o híbrido flex é o mais viável para o Brasil.” Atsushi Fujimoto, presidente Honda América do Sul Além disso, ele afirma, houve descompasso de oferta e demanda, o que influencia fortemente o preço: “Nos últimos anos todos estes fatores tiveram variações consideráveis e inesperadas. Para 2024 temos de ser cautelosos dados os riscos que ainda existem, mas nossas expectativas são de redução gradativa da volatilidade”. DESEMPENHO A Honda encerrou o primeiro semestre deste ano com incremento de 25% nas vendas na comparação com o mesmo período de 2022 e Fujimoto acredita que, considerando a boa aceitação pelo público da sua nova linha de produtos, existe grande potencial de crescimento para os próximos meses e anos. Especificamente para 2024 a perspectiva é de manutenção da trajetória de crescimento de 2023. Quanto às exportações a empresa embarca para outros países cerca de 10% de sua produção em Itirapina, SP, sendo os modelos New City, hatch e sedã, WR-V e o recentemente lançado New HR-V enviados ao Chile, Peru, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Equador e Argentina. O executivo pondera, entretanto, que a limitação produtiva e de fornecimento de semicondutores ainda é um desafio para a expansão de volumes de exportação. No médio prazo há boas expectativas com vendas externas do New HR-V à região, além de peças e acessórios.

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