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88 Outubro 2023 | AutoData depois das expressivas altas dos últimos, jogando o tíquete médio de compra para além dos R$ 140 mil, porque as montadoras adequaram seus produtos às novas tecnologias e administraram o impacto de fortes aumentos de custos de materiais e logística após a pandemia de covid-19. Desta forma a grande expectativa reside na recomposição de renda do brasileiro, assim como na geração de empregos, para que seja possível o mercado avançar, tanto por meio de compra como pela assinatura de veículos: “Desde antes da pandemia enxergamos a baixa geração de emprego e consequente redução na renda como o freio que limita o crescimento do mercado brasileiro. Até que estes dois pontos sejam superados o mercado automobilístico brasileiro não conseguirá crescer de maneira sustentável para alcançar seu pleno potencial”. Diante de um mercado quase igual no que vem a Hyundai acredita que há espaço para conquistar um pouco mais de participação de mercado, mesmo com a chegada de novos concorrentes ao mercado nacional. De janeiro a outubro o market share da marca chegou a 10% no segmento de automóveis. Martinez elenca os motivos para ganhar mais terreno: “Tanto a linha HB20 como a do Creta foram recentemente “ Estamos com 10% de participação em automóveis e pretendemos mantêla até o fim do ano. Para o ano que vem entendemos que há espaço para crescermos um pouco mais, mesmo com a chegada de novos concorrentes.” Angel Martinez, VP de vendas Hyundai Brasil atualizadas com melhor especificação de itens de segurança, tecnologia e conforto ao longo das versões, algo muito valorizado pelo consumidor brasileiro. Pretendemos seguir com essas melhorias em 2024, o que deve nos colocar como primeira opção de compra para mais pessoas”. ELETRIFICAÇÃO Com relação à eletrificação Martinez acredita que haverá uma aceleração de lançamentos de modelos 100% elétricos no ano que vem caso os níveis atuais de impostos de importação sejam mantidos pelo governo pois existe a discussão sobre a retomada da tributação para esses modelos: “São veículos com menos restrições de desenvolvimento local, uma vez que são importados, e o processo de homologação é bem mais rápido por não gerarem emissões”. Para Martinez o retorno do imposto de importação sobre elétricos precisa de uma discussão mais ampla: “A importação pura e simples, sem a contrapartida de uma fábrica local, sempre traz a ameaça de o Brasil desestruturar seu parque automotivo e caminhar no mesmo rumo de outros mercados que se tornam basicamente grandes importadores. Esta não é a vocação do Brasil. Também é legítimo questionar em quais condições sociais e ambientais os veículos importados estão sendo produzidos”. Olhando mais a médio prazo a Hyundai entende que os veículos híbridos terão mais espaço no mercado por causa do preço elevado dos veículos 100% elétricos e da infraestrutura necessária para carregamento, que ainda precisa avançar no País. A empresa estuda todas as possibilidades para o Brasil, incluindo elétricos com célula de hidrogênio. Quando identificar a melhor solução a adoção será rápida porque seu Centro de Desenvolvimento, instalado em Piracicaba, SP, junto com a fábrica, já está testando as opções mais favoráveis. PERSPECTIVAS 2024 » HYUNDAI

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