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71 AutoData | Novembro 2023 concessionárias que vendem carros com a marca do escorpião no ponto mais alto da gama por R$ 160 mil. Assim ele é o mais caro e sofisticado Fiat já produzido por aqui, no polo industrial da Stellantis em Betim, MG. Zola diz que a versão Limited seguirá sendo vendida: “São clientes diferentes. Alguns compradores de versões mais equipadas, mesmo com motores mais potentes, não gostam do estilo de design esportivo do Fastback Abarth”. Assim seguem os dois no portfólio, ao menos por enquanto. O executivo entende que o Fastback Abarth atenderá anseios de público específico, que gosta de acelerar o carro em track days, por exemplo. Ele não arrisca estimar o tamanho deste mercado no Brasil de esportivos derivados que estão chegando ao consumidor. Mas confessa que o objetivo está mais ligado a apoiar a subida de gama da Fiat em plano que vem sendo implementado desde 2020: “São versões que ajudam a reforçar a imagem da marca e oferecem boa rentabilidade. Posso dizer que a trajetória da Abarth seguirá em mais modelos no Brasil”. MAIS VENENO A diferença do Fastback Limited para o Abarth puro é perceptível no design e na calibração do motor e suspensão. A linha Abarth tem acabamento próprio, com ponta do capô em fibra de carbono, spoiler dianteiro, aerofólio traseiro, escapamento duplo esportivo, roda de 18 polegadas exclusivas, teto bicolor e, claro, o emblema do escorpião na grade dianteira e a inscrição Abarth na traseira, indicando inoculação adicional de veneno à versão esportiva. Embora ambas as versões sejam equipadas com o motor turboflex de 185 cavalos, a diferença ao acelerar o Abarth é notável. A reportagem dirigiu o modelo na pista do Autódromo Capuava, em Indaiatuba, SP, e constatou: é bem divertido de guiar no modo de condução mais venenoso do escorpião, o Poison, acionado por um botão no volante, que calibra motor e câmbio para entrega mais rápida de torque e potência. Segundo dados do fabricante a aceleração de zero a 100 km/h é alcançada em apenas 7,6 segundos e a velocidade máxima e de 220 km/h. A engenharia da Stellantis no Brasil trabalhou para alcançar este resultado sobre a plataforma MLA: mexeu nas sus-

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