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65 AutoData | Fevereiro 2024 “Tivemos dez anos difíceis e intensos. E a Mercedes-Benz era mais pesada do que seus competidores. Agora estamos passando pelo processo de terceirizações. Mas a lição de casa, que foi um fardo muito grande para a alta direção carregar, está feita. Sofremos muito, embora os movimentos realizados fossem necessários para que a corporação se tornasse mais competitiva. E para que agora possa caminhar rumo à eletrificação e ao hidrogênio.” O volume de grupos econômicos da rede foi enxugado neste período também. O processo de consolidação nas concessionárias buscou melhorar o desempenho e o número de unidades de atendimento, de acordo com Leoncini, aumentou, chegando a 175 lojas físicas e a 350 pontos remotos. Ele exemplifica: se vinte anos atrás a presença de quatro concessionárias em determinada região era justificada hoje não mais – até porque o eixo econômico mudou. E assegura que houve melhora na qualidade do atendimento. Leoncini também esteve por trás do movimento A Voz Delas, que se materializou no caminhão conceito para mulheres motoristas e trouxe mudanças importantes em postos de combustível, nos quais a companhia custeou a reforma de banheiros tornando-os adequados a elas e, ao provocar proprietários, os inspirou a replicar essa ação em suas outras unidades. Além de seu importante legado para a história da Mercedes-Benz no Brasil Leoncini decidiu deixar um adorno simbólico em sua sala dentro da fábrica de São Bernardo: a parte da frente do protótipo do caminhão extrapesado Actros, um presente da área de engenharia em reconhecimento às suas provocações: “Este vou deixar para o Jefferson Ferrarez”, diz aos risos referindo-se ao seu sucessor, com a leveza de quem sai de cena com o sentimento de missão cumprida.

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