408-2024-03

10 FROM THE TOP » ALEXANDRE ABAGE, GRUPO ABG Março 2024 | AutoData O neoindustrializador Há cerca de dez anos o empresário Alexandre Abage, presidente do Grupo ABG, começou a investir no setor de autopeças. Ele cresceu comprando empresas nacionais em apuros financeiros ou com problemas de sucessão, mas desde 2022 o grupo mais do que duplicou de tamanho com a aquisição de multinacionais que decidiram deixar o País. Hoje o Grupo ABG já fatura cerca de R$ 2 bilhões por ano com sete unidades de negócios e oito fábricas que fornecem às montadoras rodas de alumínio com a Neo Rodas, peças estampadas e estruturas metálicas para bancos com a Neo Steel, peças de motor, suspensão e direção com a Neo Parts, partes fundidas e usinadas de alumínio e de latão com a Neo Fundição e a Neo Usinagem, peças plásticas com a Neo Polímeros. E começou a operar controles eletrônicos de motor com a Neo PWT. Boa parte das aquisições foram indicações dos próprios clientes, as montadoras, que chamaram o parceiro brasileiro para ocupar o lugar do fornecedor multinacional que quer sair do Brasil. E há muitas oportunidades ainda, conta Abage: “Planejamos aumentar o faturamento para R$ 5 bilhões e dois terços disto virão de novas aquisições. Já temos dezoito empresas no pipeline”. Com suas sete empresas que carregam o prenome Neo o empresário goza da feliz coincidência de poder ser chamado de neoindustrializador no exato momento em que o governo incentiva a neoindustrialização do País e Abage aposta na renovação de velhos e eternos negócios de autopeças. O fornecimento de autopeças para montadoras sempre foi considerado um setor de difícil expansão no Brasil, de baixa rentabilidade, baixo investimento e dominado por multinacionais. Como empresário quando, como e por que o senhor avaliou que seria um bom negócio investir na indústria de autopeças? Como todos sabem o segmento não é fácil, mas eu acho que os clientes precisam de fornecedores saudáveis. Então nós realmente resolvemos apostar no setor a partir de 2016 [com a compra da fabricante de rodas de alumínio Alujet, que foi renomeada Neo Rodas]. Hoje são várias operações e nós temos esse relacionamento muito próximo dos clientes, sempre tentando apoiá-los no que eles tenham necessidade. As aquisições que têm sido feitas [pelo Grupo ABG] ao longo desse período não são por acaso, elas surgem da necessidade dos clientes, para que a gente possa oferecer um portfólio completo para atendê-los. Da Neo Rodas de 2011, passando pela compra da Alujet do Grupo Sifco, em 2016, o Grupo ABG agora em 2024 tem sete unidades de negócios de autopeças e oito fábricas que fornecem para as empresas fabricantes de veículos. Entrevista a André Barros e Pedro Kutney Clique aqui para assistir à versão em videocast desta entrevista

RkJQdWJsaXNoZXIy NjI0NzM=