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20 Setembro 2024 | AutoData EVENTO AUTODATA » NEGÓCIOS DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA LATINO-AMERICANA Para Gandini mais importante do que o ritmo é a direção, pois é fundamental neste processo não haver a descontinuidade do projeto político. Ela acredita que uma estrutura produtiva não se muda em quatro anos porém é preciso deixar os marcos legais dos planos de pé para que, em um passo posterior, sejam criadas políticas de Estado: “Foi o que o setor automotivo conseguiu, desde 2012, passando pelo Inovar-Auto, Rota 2030 e agora o Mover”. A representante do MDIC avalia que o setor conseguiu estabelecer um plano de desenvolvimento doméstico que precisa ser estendido para o comércio exterior: “A política automotiva, que é política de Estado, perpassou diferentes governos e continuou operando. O mesmo precisamos fazer para o viés de exportação. Para colocar na produção brasileira a determinação de que uma parte será exportada”. FALTA CONVERGÊNCIA REGIONAL Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, que reúne os fabricantes estabelecidos no Brasil, afirmou que seria importante para o setor a convergência regulatória. Hoje cada país tem suas leis, regras e exigências, o que torna mais complexo o processo produtivo para atender as vendas externas: “Temos de ter produtos que atendam a todos esses países e o governo precisa buscar isto por meio de acordo, a fim de facilitar o fluxo”. Outro ponto ressaltado pelo presidente da Anfavea é a necessidade do trabalho diplomático de comunicação a fim de esclarecer dúvidas e contribuir para que o Brasil conquiste licitações, uma vez que a indústria local tem qualidade para exportar embora esbarre na falta de competitividade. “Temos um risco que já começou a ser percebido: ao vender a esses países serão comercializados produtos brasileiros ou de outros países onde os mesmos fabricantes estão instalados? Porque o que valerá, no fim das contas, será o padrão de competitividade”, pondera Lima Leite. “A montadora poderá vender desde o Brasil ou do México, da Índia, da China. Por isto não adianta só ter foco na exportação mas ter uma base de custo para alcançar estes mercados. Caso contrário fecharemos vendas que serão abastecidas por operações da mesma marca baseadas em outros países, combatendo de frente o custo Brasil.” O presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, concorda com Lima Leite: o Brasil tem produtos de qualidade para exportar, que não requerem nenhum tipo de incremento tecnológico. E lembrou que a ociosidade do setor supera os 40%: “Se para preenchê-la sabemos que o mercado

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