16 Novembro 2024 | AutoData Quais novas oportunidades de negócio são geradas a partir de fontes sustentáveis de energia que começam a ganhar força no País, a exemplo do hidrogênio? O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo. É uma vantagem competitiva que nenhum outro país possui. Nossa indústria estará pronta a atender ao desafio da produção do hidrogênio, sendo o único país capaz de produzi-lo a partir do etanol. Com isto superamos a necessidade de transportar hidrogênio, o que é caro e perigoso, bastará instalar reformador ao lado de uma bomba de etanol, utilizando a infraestrutura existente nos postos, como propõe projeto patrocinado por Raízen, Shell, Hytron, Senai e Toyota, no campus da USP. Como o Sindipeças entende que será a oferta e a concessão de crédito para compras automotivas no varejo em 2025? As condições tendem a ser mais apertadas. Esperamos que a Selic deva alcançar 12,25% na primeira reunião do Copom de 2025. É razoável esperar que se mantenha nesse patamar durante o primeiro semestre e que inicie novo ciclo de queda a partir do segundo, para encerrar o ano aos 11%, desde que sejam percebidos os efeitos de controle para a inflação, o que projetamos para 4%. O aumento dos juros, que se espelha em taxas maiores na ponta do consumo, deve afetar as decisões de compra dos consumidores. Além disso os bancos são cada vez mais cautelosos e passam a ser mais seletivos. Talvez a aprovação do Marco Legal das Garantias possa ajudar na liberação de crédito. Diante disso é inegável que os mercados de reposição de peças e reparação continuarão em alta. Quais os principais desafios da cadeia de suprimentos para o ano que vem e o que é necessário para solucioná-los? A nosso ver o maior desafio será a volatilidade do câmbio, caso não se alcance estabilidade da moeda. Acreditamos que as pressões recentes serão dissipadas e o dólar deverá oscilar de R$ 5,30 a R$ 5,40 em 2025, o que trará maior previsibilidade. Vale lembrar que, majoritariamente, as importações de autopeças são feitas pelas montadoras, mas há componentes não produzidos no País que os fornecedores também importam. Neste sentido, como incentivo à localização, precisamos reduzir a quantidade de ex-tarifários [redução de imposto de importação a 2% para componentes e sistemas sem produção nacional equivalente], com prazo de validade determinado às concessões. “ As pequenas e médias empresas do setor de autopeças estão se preparando para os desafios da eletrificação. Estão fazendo o dever de casa para atender os rumos futuros do mercado. Basta haver demanda por parte das montadoras, o que ainda não ocorreu. Mas as tecnologias atuais continuarão presentes.” FROM THE TOP PERSPECTIVAS 2025 » CLÁUDIO SAHAD, SINDIPEÇAS
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