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31 AutoData | Dezembro 2024 para substituir caminhões e ônibus velhos, com inspeção técnica voluntária. Paralelamente discute-se também a adoção, no País, de corredores verdes sustentáveis, com instalação de infraestrutura necessária em rotas rodoviárias para abastecimento, primeiro, de veículos pesados com combustíveis renováveis como biometano, biodiesel ou diesel verde HVO, ou estações de recarga para elétricos, que depois também poderão ser usadas por modelos leves. O MDIC também discute um programa de exportação com olhar de integração produtiva e de soluções tecnológicas para a mobilidade, sempre com a busca de localização e soluções tecnológicas focadas em processos em materiais que aumentem a competitividade. BOLA DE CRISTAL PARA 2025 E qual será o tamanho do mercado brasileiro em 2025? Após errar a mira em 2024 os presidentes de montadoras que subiram ao palco do Centro Universitário Senac fizeram suas apostas. Evandro Maggio, presidente da Toyota do Brasil, disse acreditar em vendas na casa dos 2,8 milhões de veículos. Fábio Rua, vice-presidente de relações governamentais, comunicação e ESG da General Motors América do Sul, fez aposta parecida e projetou um dezembro aquecido com vendas que, em 2024, fechariam na casa das 2 milhões 650 mil unidades. “Considerando os novos players, com volume expressivo de elétricos e híbridos, dezembro trará surpresas”, disse, estimando alta de 6% a 8% de alta do mercado para 2025. Gonzalo Ibarzábal, da Nissan do Brasil, e Gondo, da Renault, foram mais cautelosos: 2,6 milhões de unidades, somando apenas veículos leves. Pesados têm desempenho diferente, mais lastreado na evolução da economia. A média das estimativas é que deverá seguir em 2025 a trajetória de recuperação das vendas de caminhões – abaladas pela transição das motorizações Euro 5 para Euro 6 no ano passado, que provocou aumento de preços, antecipação de compras e tombo nas vendas de 2023 – e de ônibus, ainda tentando deixar para trás a crise gerada pela pandemia de covid-19. Mas ninguém pensa que será um ano de céu de brigadeiro. Roberto Cortes, presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, ponderou que fatores macroeconômicos, como a continuidade da queda do PIB do agronegócio brasileiro, o elevado índice de inadimplência, a restrição de crédito e a tendência de aumento da taxa de juros são desafios para o segmento. O executivo ainda listou condições geopolíticas internacionais que podem refletir sobre os negócios, como dificuldades com a cadeia de suprimentos por causa Fábio Rua, vice-presidente da General Motors América do Sul: mercado fecha com 2 milhões 650 mil em 2024. Gonzalo Ibarzábal, presidente da Nissan do Brasil: 2,6 milhões de veículos leves em 2025.

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