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10 FROM THE TOP » ALEXANDER SEITZ, VOLKSWAGEN Junho 2025 | AutoData Localizar para vencer Desde a primeira vez que foi expatriado da Alemanha para o Brasil, em 1995, quando trabalhava no Grupo Daimler e recebeu a missão de ser o diretor da fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora, MG, para produzir o Classe A com toneladas de itens importados, Alexander Seitz aprendeu que a localização de componentes e processos é a peça fundamental para o sucesso de qualquer fabricante de veículos no País. Também se apaixonou pelo jeito de ser dos brasileiros, aprendeu a falar português e saiu daqui casado com uma mineira – motivo pessoal para voltar mais vezes. Depois de partir em 2000, para dirigir as compras da recém-formada DaimlerChrysler nos Estados Unidos, em 2005 Seitz retornou à Alemanha e ingressou no Grupo Volkswagen. Três anos depois já estava de volta ao Brasil como vice-presidente responsável por compras na América do Sul. Em 2013, nova partida, daquela vez para a China, como vice-presidente comercial da joint venture da Volkswagen com a SAIC. Foram quase cinco anos trabalhando no maior mercado automotivo do mundo, até 2017, quando passou a integrar o conselho de administração da Audi, responsável por finanças, TI, integridade e China. Em 2020 tornou-se CFO, chefe de finanças da Volkswagen. De lá pavimentou sua terceira missão no Brasil: em 2022 foi nomeado chairman executivo da Volkswagen América do Sul, voltando a São Bernardo do Campo, SP. Desta vez, segundo ele, o objetivo maior é consolidar o bom momento da empresa na região e liderar as vendas. Como? Usando o que aprendeu no mundo e aqui: aplicar o plano de investimento de R$ 20 bilhões para localizar o máximo possível de tecnologias modernas e lançar produtos competitivos. Com muita localização e trabalhando em condições iguais ele afirma não ter medo da competição: “Os chineses ganharam muito mercado aqui, mas não foi da Volkswagen”. O que o motivou e à Volkswagen a trazê- -lo de volta ao Brasil após dez anos? Quais missões a companhia atribuiu ao senhor? Minha missão é assegurar o sucesso que já temos aqui há alguns anos, com a introdução de novas tecnologias como o híbrido e combinado com o flex [bicombustível etanol-gasolina], porque novas plataformas de carros são necessárias para manter a nossa competitividade neste mercado muito importante. Temos um plano de investimento de R$ 20 bilhões na América do Sul porque queremos continuar com o nosso sucesso. Mas também tive motivação pessoal para voltar: estou casado com uma mineira já há 25 anos, isto sempre me traz de volta fora do compromisso profissional. Agora estou aqui pela terceira vez porque eu amo o País, amo as pessoas, a emoção e a motivação delas e adoro trabalhar aqui. Entrevista a André Barros e Pedro Kutney Clique aqui para assistir à versão em videocast desta entrevista

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