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118 » FIM DE PAPO Junho 2025 | AutoData 10,4% US$ 38 bi 40% € 3,79 Participação de veículos eletrificados nas vendas de veículos no Brasil em maio, o maior nível da história, segundo dados consolidados pela Anfavea. Foram emplacados 7 mil elétricos, 7,1 híbridos plug-in e 8,2 mil híbridos, incluindo leves. Valor economizado pelo Brasil em importações de diesel de 2008 a 2024, após iniciar mistura de biodiesel no combustível fóssil, que começou em 2% no primeiro ano até chegar aos atuais 14% e proposta de avançar a 25% a partir de 2031. Aumento previsto dos custos de produção para um Renault Clio na Europa, no período de 2015 a 2030, atribuído à legislação de segurança e emissões da União Europeia. Com 120 novas regulações até 2030 o custo pode subir mais 40%. Custo médio da energia por 100 km rodados com um carro elétrico na Europa, 70% mais barato do que rodar com diesel ou gasolina, segundo pesquisa da Switcher.ie. A variação vai de € 1,11 por 100 km na Turquia a € 7,06 na Alemanha, o país mais caro. “ A Diretiva 2035 [da União Europeia, que proíbe a venda de novos veículos leves movidos a combustíveis fósseis a partir de 2035] levará à redução pela metade das vendas, porque o mercado não compra o que a Europa quer que vendamos. Substituir todo o volume atual por veículos elétricos, nessas condições, não teremos sucesso. O debate está confinado: não é ser a favor ou contra 2035 e os elétricos, precisamos reabrir o campo de possibilidades e afirmar a neutralidade tecnológica.” Do demissionário CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, em entrevista ao jornal francês Le Figaro, em maio, um mês antes do anúncio de sua saída. ...................................................................................................... “ A Europa precisa escolher se quer continuar sendo uma sede da indústria automotiva ou um simples mercado. Em cinco anos, no atual ritmo de declínio, será tarde demais. Os fabricantes europeus precisam decidir seu destino este ano.” John Elkann, presidente do conselho de administração da Stellantis, na mesma entrevista ao Le Figaro, em maio, ao lado de Luca de Meo. “ O caminho é a biomassa, que diferentemente das outras fontes de energia, mesmo as renováveis, gera emprego e renda e distribui a prosperidade. Muita gente ainda não entendeu isso, tendo sido capturada pelo túnel do carbono. O maior problema do mundo não é este, mas a desigualdade, que os programas de biocombustíveis conseguem combater.” Professor Gonçalo Pereira, professor titular da Unicamp especialista e pesquisador em biocombustíveis, em post no LinkedIn após participar de painel sobre a viabilidade técnica do biodiesel em evento organizado pela Ubrabio, União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene. ...................................................................................................... “ Os biocombustíveis são muito mais do que uma alternativa, mas uma realidade que o Brasil já domina. Eles desempenham um papel essencial na transformação do setor de transporte, não só pela redução de emissões de CO2, mas também pela possibilidade de integração com tecnologias existentes, proporcionando impacto direto na mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento socioeconômico.” Gláucia Souza, professora da USP e coordenadora do Programa BIOEN da Fapesp, autora do estudo “Biocombustíveis como solução imediata e eficaz para a descarbonização do transporte”, em seminário do MBCB.

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