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33 AutoData | Junho 2025 questões de confidencialidade, não possamos divulgar informações específicas dos clientes ou produtos, nossos projetos envolvem aplicações reais que estão em produção ou em estágios avançados de desenvolvimento”. Segundo ele o mercado busca soluções modulares, personalizadas e escaláveis para diferentes dispositivos, tornando-se cada vez mais acessíveis ao usuário final. As tendências estão voltadas para o desenvolvimento de softwares inteligentes, conectados, inteligência artificial, assistentes autônomos e IoT, internet das coisas. CONHECIMENTO EXORTADO A expertise brasileira no desenvolvimento de softwares também se destaca dos fornecedores de componentes e sistemas automotivos. A ZF, por exemplo, mantém no País uma equipe de engenharia dedicada à calibração e à customização de suas transmissões e softwares que equipam caminhões e ônibus. Além de atender ao mercado da América do Sul a equipe exporta seu conhecimento para unidades da ZF em outros países, consolidando-se como a única unidade fora da matriz, na Alemanha, competente para validar projetos e desenvolvimentos globais nesta área. A subsidiária brasileira da ZF atua na personalização do software que controla as transmissões, ajustando-o para atender às necessidades específicas de cada montadora, desenvolvendo funcionalidades que elevam o desempenho dos veículos. Esse processo envolve calibração de funções como trocas de marcha, modos de condução, controle de velocidade de cruzeiro e avisos de manutenção preditiva. Também são desenvolvidas as atualizações dos programas que controlam estes sistemas, que são baixadas da internet. A equipe brasileira é qualificada para calibrar todos os sistemas de assistência à condução desenvolvidos pela ZF para aplicações globais, como o Eco-Roll, que nos declives desengata a transmissão para economizar combustível, e o PreVision, que com uso de GPS antecipa a rota à frente e executa trocas de marchas no tempo certo para maior conforto e eficiência. Na Bosch, em Campinas, SP, as apostas estão voltadas para profissionais que aprendem a desenvolver soluções digitais para aplicação em processos internos e desenvolvimento de produtos. Na sede brasileira do sistemista, em 2022, foi criada a Digital Talent Academy, um espaço bem equipado onde jovens de 16 a 19 anos cursam um programa técnico com módulos de digitalização, automação, desenvolvimento de software, inteligência artificial e análise de dados. Cerca de 90% dos alunos que terminam o curso são retidos para trabalhar em diversos departamentos da empresa. Atualmente mais de 60% dos softwares desenvolvidos pela Bosch no Brasil são exportados para outras unidades do grupo. Gastón Diaz Perez, presidente da sistemista na América Latina, aposta que o futuro da indústria automotiva está na digitalização, o que abre uma grande oportunidade para desenvolvedores brasileiros: “O custo do Brasil para desenvolvimento de software é muito competitivo em comparação com outros países onde a Bosch atua”. Shutterstock AI Generator

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