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AutoData | Junho 2025 39 O executivo indica também que o Tera ajuda na pretendida mudança de imagem da marca, para atrair novos clientes: “A Volkswagen é bem tradicional, é consolidada principalmente com o público masculino mais maduro. Queremos mudar isto e projetamos o Tera para trazer à marca mais mulheres e jovens”. É daí que Possobom espera por um grande impulso nas vendas, que deverá mais que compensar a esperada canibalização, pelo Tera, de versões mais caras do Polo e das mais baratas do Nivus, pois o novo SUV está posicionado em preços no meio destes dois modelos. Apesar de não dizer quando Possobom confirma que o Tera é um dos modelos escalados para ter versões híbridas flex, tecnologia em desenvolvimento na Volkswagen do Brasil há pelo menos três anos: “Já dissemos que toda a nossa linha terá híbridos”, sintetiza. O mais provável é que estas versões comecem a surgir a partir de 2026 e no caso do Tera a opção é por um sistema híbrido leve de baixa voltagem, pois não faria sentido agregar configurações mais caras para um veículo que quer atuar na faixa de preços de entrada do mercado. BOM MOMENTO DE CHEGAR Na diretoria da Volkswagen todas as expectativas sobre o desempenho comercial do Tera são bastante elevadas, mas o novo produto não será um salvador da pátria: chega na confortável posição de ser um impulsor de vendas e no momento que já é bom para a fabricante no Brasil e na América do Sul. As vendas na região vêm crescendo consistentemente acima da média do mercado nos últimos três anos. A marca saltou do quarto lugar em vendas na América do Sul, em 2022, para o segundo em 2024, com quase 500 mil veículos vendidos. Nos quatro primeiros meses deste ano houve ganho de mais meio ponto porcentual de participação de mercado, sustentando o primeiro lugar na Argentina e o segundo no Brasil. O Polo já é o carro mais vendido na região e o T-Cross é o SUV mais comprado. No ano passado as vendas da Volkswagen no mercado brasileiro somaram pouco mais de 400 mil unidades, em crescimento de 16% sobre 2023 e participação que fechou doze meses em 16,1%, porcentual que está sendo sustentado nos primeiros cinco meses de 2025 e tende a crescer com a chegada do Tera na categoria que mais rápido avança no País. Portanto, neste cenário, o Tera tem muito a contribuir para melhorar ainda mais este já invejável desempenho comercial da Volkswagen na região, pois abre o caminho no segmento de SUVs compactos que ainda não era explorado pela marca. “O Tera é um novo ícone de nossa marca em uma nova era, alinhado com as tendências globais”, observa HendriK Muth, vice-presidente de vendas e marketing Pretensão na forma de decalque no vidro traseiro traz as silhuetas do Fusca, Gol e Tera: Volkswagen traçou plano para que o terceiro seja o ícone sucessor dos dois primeiros.

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