» EDITORIAL AutoData | Junho 2025 Diretor de Redação Leandro Alves Conselho Editorial Isidore Nahoum, Leandro Alves, Márcio Stéfani, Pedro Stéfani, Vicente Alessi, filho Redação Pedro Kutney, editor Colaboraram nesta edição André Barros, Caio Bednarski, Lucia Camargo Nunes, Mário Curcio, Soraia Abreu Pedrozo Projeto gráfico/arte Romeu Bassi Neto Fotografia DR/divulgação Capa Foto divulgação/Volkswagen Comercial e publicidade tel. PABX 11 3202 2727: André Martins, Luiz Giadas Assinaturas/atendimento ao cliente tel. PABX 11 3202 2727 Departamento administrativo e financeiro Isidore Nahoum, conselheiro, Thelma Melkunas, Hidelbrando C de Oliveira, Vanessa Vianna ISN 1415-7756 AutoData é publicação da AutoData Editora e Eventos Ltda., Av. Guido Caloi, 1000, bloco 5, 4º andar, sala 434, 05802-140, Jardim São Luís, São Paulo, SP, Brasil. É proibida a reprodução sem prévia autorização mas permitida a citação desde que identificada a fonte. Jornalista responsável Leandro Alves, MTb 30 411/SP autodata.com.br AutoDataEditora autodata-editora autodataseminarios autodataseminarios Por Pedro Kutney, editor Boas notícias da inteligência nacional Esta edição de AutoData reúne uma rara conjunção de boas notícias que vêm da engenharia nacional, aquela mesma que sempre gastou quase todo o tempo adaptando projetos que vêm de fora com várias amputações tecnológicas para fazer caber no bolso do pobre consumidor local. Pois diversas informações, reunidas neste número da revista, indicam que os engenheiros e designers alocados em multinacionais no Brasil estão ganhando certo protagonismo em certas áreas – e não é só no já manjado desenvolvimento de motores flex bicombustível etanol-gasolina, coisa que só fica aqui porque ninguém mais no mundo quis fazer. O primeiro exemplo está estampado na capa desta edição: o SUV compacto Tera, totalmente pensado, desenhado, projetado e produzido no Brasil pela Volkswagen com 80% de conteúdo nacional. Designers e engenheiros da subsidiária brasileira tiveram liberdade total para tocar o projeto como bem entenderam, e capricharam, entregaram um carro com nível de acabamento e tecnologia acima da média em sua faixa de preços na entrada do mercado – que lamentavelmente tornou-se muito alta para a maioria dos consumidores brasileiros, até por causa de toda essa evolução, encaminhada em boa medida por apertos na legislação. Esta apreciada tendência de fazer coisas melhores do que estávamos acostumados a ver foi confirmada pelo entrevistado deste mês nas páginas do From The Top, Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen América do Sul, que em sua terceira passagem pelo Brasil afirma estar “muito satisfeito” com a evolução que tem visto em termos de avanço da localização de tecnologias, novos carros e competência da engenharia brasileira, em comparação com as outras vezes em que esteve por aqui. E foi exatamente para isto que ele diz ter vindo: localizar tecnologias modernas e lançar dezessete carros no plano de investimento de R$ 20 bilhões até 2028, que pretende colocar a Volkswagen na liderança de vendas na região. Mas tem mais: uma ampla reportagem revela que o Brasil se tornou, para fabricantes de veículos e sistemas, berço de inovação e desenvolvimento de softwares que tudo podem comandar em veículos, do infoentretenimento e da conectividade ao funcionamento de dispositivos complexos. Até a inteligência artificial embarcada no Volkswagen Tera, nomeada Otto, nasceu no Brasil. A Stellantis desenvolve softwares de propulsão para o mundo todo em Recife, PE. A Ford, que não fabrica mais carros aqui, segue projetando sistemas com equipe que se aproxima dos dois milhares de pessoas na Bahia. Se no País falta mercado suficiente para todos ao menos, parece, sobra inteligência.
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