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AutoData | Junho 2025 55 Todas as versões do Tera têm bancos dianteiros com encosto de cabeça integrado, como os do Polo Track. O que muda é o acabamento: na foto o tecido com riscas da versão intermediária TSI. 1.0 turboflex configurado com potência de 116 cv com etanol e 109 cv com gasolina e o mesmo torque máximo de 165 Nm. O consumo aferido pelo Inmetro para ambas as motorizações é bastante similar. A Volkswagen destaca que o Tera é o primeiro SUV do País a registrar autonomia de 15 km/l de gasolina rodando em estrada, o melhor resultado de todas as medições, registrado pela versão turboflex com câmbio manual. O mesmo motor com transmissão automática fez 14,5 km/l, o pior desempenho em rodovia com gasolina, e o 1.0 aspirado ficou no meio dos dois com 14,7 km/l. Com etanol o consumo rodoviário quase faz empatar as versões, variando de 10,2 km/l no modelo aspirado a 10,3 km/l no turbo. Em trecho urbano o 1.0 aspirado registra o melhor consumo tanto com gasolina quanto com etanol, respectivamente 13,2 km/l e 9,1 km/l, enquanto o motor turbinado com câmbio manual fica atrás com 12,9 km/l e 9 km/l e a transmissão automática teve o pior desempenho, de 12,2 km/l e 8,6 k km/l. PRONTO PARA FUTURO SUSTENTÁVEL Ainda sem confirmação oficial até 2026 o Tera também terá versões híbridas flex. O engenheiro André Drigo afirma que o carro foi projetado para esta possibilidade e “está preparado para isto”, levando em conta que a Volkswagen pretende lançar versões híbridas de toda a sua linha de produtos. Segundo ele “tudo é possível” mas o que faz mais sentido é o uso do sistema leve de 48 V, pois a instalação propulsão híbrida fechada ou plug-in, com mais autonomia da tração 100% elétrica, acrescentaria custos muito elevados para um carro de entrada. O Tera também já nasceu sob os preceitos da economia circular, pensado para atender os crescentes níveis de reciclabilidade que serão exigidos pelo Mover. Exemplo mais vistoso disto são alguns revestimentos introduzidos na cabine do SUV, produzidos a partir de material reciclado de solas de tênis descartados. Mais do que um projeto de mais um carro bonitinho o Tera demonstra, na prática, que a engenharia brasileira pode desenvolver veículos mais caprichados de qualidade global, sempre que a relação custo/lucro o permitir. Esta parece ser a fórmula do novo SUV brasileiro.

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