6 LENTES Junho 2025 | AutoData Por Vicente Alessi, filho Sugestões, críticas, comentários, ofensas e assemelhados para esta coluna podem ser dirigidos para o e-mail vi@autodata.com.br Reprodução Internet MAIS UMA LEITURA OBRIGATÓRIA Pedro Cafardo é renomado, e estimadíssimo, profissional do jornalismo econômico, meu editor na Folha de S. Paulo de 1975 a 1978 com quem aprendi muito. Passou, depois, por Gazeta Mercantil e pelo O Estado de S. Paulo e foi um dos fundadores do diário Valor Econômico. Ali ele publica artigos quinzenais. O de 10 de junho, que tem o título Coisas que Acontecem num Certo País Infeliz, é imperdível: “Num certo país infeliz espalha-se um enorme pessimismo sobre a economia e, aparentemente, resultados bastante positivos para a vida real de pobres e ricos são quase ignorados nas análises. Neste país infeliz argumenta-se que a inflação está incontrolável, mas ela atingiu em média 4,73% ao ano nos dois últimos anos. Nos quatro anos anteriores, havia alcançado 6,17% ao ano. E a inflação média atual está abaixo da média dos últimos trinta anos (6,5% ao ano), desde que foi criada a atual moeda em circulação. Neste país propala-se que o descontentamento advém das classes mais pobres, que estariam sendo fulminadas por uma inusual inflação dos produtos alimentícios. Mas os alimentos subiram 8% no ano passado, menos do que a renda das famílias em geral, que cresceu 10%, e muito menos do que a renda das famílias mais pobres, que aumentou 19%. Nesse país mal-humorado a taxa de desemprego vem recuando e estava em 6,6% da força de trabalho no primeiro trimestre, em nível próximo do mais baixo da série histórica para o período. A previsão atual é de que caia para 5,9% até dezembro. A informalidade no trabalho recuou para 37,9%, taxa que é uma das menores da série histórica iniciada em 2015. A desigualdade de renda neste país infeliz, medida pelo Índice de Gini, foi a mais baixa da história no ano passado. E a renda per capita domiciliar mensal a maior desde o início da série histórica, em 2012. Neste país, segundo o Relatório das Nações Unidas sobre Estado de Insegurança Alimentar no Mundo, o número de pessoas em situação de fome diminuiu de 17,2 milhões em 2022 para 2,5 milhões em 2023. Portanto,
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